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Prefeitura fecha acordo para recapear ruas do PIM

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06/03/2017

Um problema que vinha se arrastando há anos parece que está perto de terminar com a verba de R$ 150 milhões anunciada pelo Ministério do Planejamento, do Programa de Aceleração do Crescimento para o recapeamento das vias do PIM (Polo Industrial de Manaus).

Segundo a Seminf (Secretaria Municipal de Infraestrutura), as vias do Distrito Industrial começaram, este mês, a receber manutenção asfáltica.

A ação emergencial atingirá 36 ruas da área, até que a verba anunciada pelo Ministério seja liberada. Outras 30 frentes de obras estão ocorrendo por toda a cidade.

O coordenador de obras da área, Kelton Aguiar, explicou que diariamente as equipes estarão atuando, por tempo indeterminado, nas vias. "Sabemos que existem muitos pontos críticos que necessitam de serviços de infraestrutura, principalmente para enfrentar as constantes chuvas. Aos poucos, esperamos atender a todos e, dessa forma, proporcionar melhores condições de trafegabilidade", destacou.

Os trabalhos no Distrito começaram pela avenida Buriti, uma das principais da área e rota de trabalhadores e visitantes do PIM. Nela, equipes da Seminf (Secretaria Municipal de Infraestrutura), executora dos trabalhos, percorrem toda extensão, fazendo a manutenção dos trechos danificados. Por ser uma via de grande fluxo, antes da aplicação da massa asfáltica, é feita a preparação do solo, com recuperação de base feita com pedra rachão e brita, o que garante maior durabilidade do solo.

Simultaneamente à avenida Buriti, as vias Solimões e Oitis também estão recebendo manutenção. Em seguida será a vez das ruas Aruanã, Tambaqui, Matrinchã, Içá, Açaí, Javari, Jutaí, Abiurana, Balata e Ipê.

Retrospectiva

No dia 26 de dezembro do ano passado, a Suframa firmou um Termo de Compromisso com a Prefeitura de Manaus para a transferência de R$ 150 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento destinados à revitalização do sistema viário do Distrito Industrial 1 e oriundos da dotação orçamentária incluída no orçamento de 2016, via Emenda Parlamentar. "Com a assinatura do Termo, o recurso já está autorizado. No entanto, a prefeitura deverá ainda elaborar projeto executivo e apresentar o mesmo à Suframa para análise. Em seguida, caso tudo ocorra dentro do esperado, será iniciado o processo de licitação e, após sua conclusão, a etapa da execução das obras", afirmou na época a superintendente da Suframa, Rebecca Garcia.

Empresas

De acordo com o gerente da Gráfica e Editora Silva Ltda, Alzenir Ribeiro, a única avenida que está em melhor condição de tráfego de acesso às empresas do distrito é a Buriti. "Também é a única que está mais ou menos. As secundárias estão abandonadas. Espero que a prefeitura cumpra mesmo este cronograma de recapear todas as ruas, porque os nossos trabalhadores precisam de melhores condições para chegar na sua empresa", relatou ele.

Já os 20 funcionários da empresa JL Locação, prestadora de serviço de aluguel e venda de empilhadeira para fábricas, também estão sofrendo com os buracos formados pela água da chuva da avenida Abiurana. "Quase todos os nossos funcionários possuem carros próprios. E por conta desses buracos, todos eles precisam levar seus veículos para o conserto em uma oficina. E isso é difícil, porque o dinheiro que esses colaboradores gastam com o conserto dos seus carros poderiam estar investindo em suas famílias, por exemplo ", disse ela.

Reclamações

As reclamações também não são só das empresas, como também das pessoas que trafegam por aquelas vias e avenidas. Exemplo, o taxista Nazário Paixão, que trabalha na Rádio Táxi Bola da Suframa há 15 anos.

Para ele, as avenidas do Distrito já foram melhores na época em que começou a rodar. "Hoje, a avenida Buriti está só o buraco e outras vias que chegam até ela também estão destruídas. Espero que este acordo entre a prefeitura e a Suframa, possa melhorar essa situação lastimável".

Para o motorista de micro-ônibus, Anderson Corrêa, que faz transporte lotação, não só as vias do Distrito Industrial estão em péssimas condições, mas as ruas da cidade como um todo. "Hoje, estava no meu veículo particular dirigindo aqui pelo distrito quando bati no buraco e danificou a suspensão do veículo. Vou ter um prejuízo grande por causa desse descaso. Também critico os asfaltos que eles colocam nas vias, são de péssima qualidade".

Corrêa faz parte de uma das cooperativas de mais de 200 micro-ônibus que circulam pelas principais vias do Distrito como, Grande Circular 1 e 2 e a avenida Buriti.

Outro a criticar as vias do Distrito é o caminhoneiro Douglas Rogério. "Essas vias estão muito ruins para trafegarem. Porque cheguei do Mato Grosso agora em dezembro e fazendo uma comparação das estradas da região de Sinop e Sorriso, com essas daqui, as do Distrito, a coisa está bem atípica, feia mesmo", lamentou ele.

Rogério explica que as consequências das ruas esburacadas do Distrito são: tombamento do caminhão, da carreta e danos nos estirantes do veículo. "E às vezes para desviar dos buracos, arrisco em bater nos motoqueiros e carros populares que estão passando do lado do caminhão, por causa do ponto cego. Além do prejuízo material, pois agora estou com dois pneus furados por conta das condições dessas ruas daqui do Distrito".

Por causa do incidente, o caminhoneiro teve um prejuízo de R$ 1.000 com o conserto dos pneus. "E isso é dia sim, dia não. A cada dia temos um problema com os pneus, que são novos e chegam a custar R$ 1.500. Por isso, agora terei que comprar um pneu mais usado para poder conseguir trabalhar. Porque hoje, ao comprar um pneu novo ou usado a durabilidade deles são a mesma, devido os buracos".

Retrospectiva

No início de 2016, um grupo de motoristas do transporte especial realizou manifestação contra as precárias condições das ruas e avenidas do Distrito Industrial de Manaus. Os manifestantes cobram o recapeamento do pavimento. Os buracos têm gerado prejuízos aos condutores de veículos. O ato causou congestionamentos entre as zonas Leste e Sul da capital.

A manifestação foi promovido pelo Sindespecial (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Especial) e contou com participação de motoristas responsáveis pelo transporte de trabalhadores para empresas do Polo Industrial de Manaus.

A manifestação iniciou às 5h40 e o grupo de manifestantes se concentrou na avenida Oitis, nas proximidades da rotatória do Armando Mendes. Os manifestantes interditaram duas faixas da avenida Oitis sentido bairro/Centro com galhos de árvores e carro de som. A interdição causou congestionamento no trecho da rotatória do bairro Armando Mendes até o bairro São José.

Na época, o diretor do Sindespecial, Edgar Rodrigues, disse que os motoristas estão arcando com prejuízos gerados pelas perdas e consertos dos ônibus. "Nós que andamos aqui sofremos muito todos os dias, principalmente nesse ramal que chamam de avenida Buriti. Todos os dias caímos dentro dos buracos, mas nossos patrões acreditam que a culpa é do motorista que não teve cuidado. Fora os prejuízos das peças já aconteceu de pararmos em buracos e sermos assaltados. Nossas autoridades estão totalmente de braços cruzados e ninguém aguenta mais", afirmou o líder sindical.

Fonte: JCAM

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