11/11/2014
Em relatório, a companhia observou que já era esperada uma queda nas vendas de computadores no mercado brasileiro, devido à decisão de parte dos consumidores de adquirir TVs para assistir aos jogos da Copa, deixando o investimento em computadores para outro momento. Ainda segundo a companhia, houve recuperação nas vendas a partir de julho.
As vendas no terceiro trimestre somaram 665,6 mil PCs e tablets, queda de 3% em volume. Já as vendas de smartphones e celulares apresentaram uma leve queda de 3,2% no período, para 53,8 mil unidades.
A receita líquida total da Positivo no período foi de R$ 534,3 milhões, queda de 3,2%, na comparação anual. A companhia registrou no período uma redução de 8,6% nos custos com matérias-primas, para R$ R$ 382,9 milhões, e redução de 14,5% nas despesas com depreciação, para R$ R$ 3 milhões.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 23,2 milhões no trimestre, 53,5% acima do verificado um ano antes. A margem Ebitda avançou 1,6 ponto percentual, para 4,3%.
Projeções para 2015
A Positivo Informática projeta um ano de geração de caixa positiva e redução de dívida em 2015. A geração operacional de caixa foi positiva em R$ 117,3 milhões no trimestre, impulsionada pela melhora do capital de giro. Em igual período de 2013, havia sido negativa em R$ 51,5 milhões e, de abril a julho, negativa em R$ 8,3 milhões.
O estoque encerrou setembro no menor patamar desde o segundo trimestre de 2012, totalizando R$ 475,8 milhões. Desde o início do ano, houve uma redução de 28%.
A melhora na geração de caixa e a contenção de investimentos permitiram reduzir o endividamento líquido em R$ 110,3 milhões no trimestre, totalizando R$ 294 milhões, queda de 27,3% em relação ao saldo do fim de junho.
“No próximo ano, o cenário de caixa permanece bastante favorável. Nosso objetivo é alcançar patamares mais baixos de dívida no fechamento do primeiro e segundo trimestres”, disse Lincon Ferraz, diretor de relações com investidores (RI), em teleconferência de resultados. "A empresa está bastante seletiva em investimentos e pretende reduzir o capital de giro, principalmente via fornecedores, nos próximos períodos", disse o executivo.
No fim do ano, a dívida deve permanecer abaixo de R$ 300 milhões, segundo o diretor de RI. Pode ocorrer um desvio para cima desse patamar, por conta de janelas de pagamento, uma vez que o quarto trimestre concentra um maior volume de negócios, mas o efeito tende a ser pequeno, explicou Ferraz.
Fonte: Valor Econômico