10/02/2022

Andreia Leite

O setor portuário no Amazonas encerrou 2021 com saldo positivo de 2,61% no movimento de cargas em comparação ao ano anterior. O balanço é da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários). Foram mais de 31,1 milhões de toneladas de cargas transportadas nos portos privados do Estado.

Entre as mercadorias que apresentaram maior alta, destaque para cargas conteinerizada com crescimento de 11,8%, com volume de R$ 8 milhões. O granel sólido registrou incremento de 5,02%, movimentando mais de R$10 milhões.

Os produtos cereais totalizaram mais de 2,5 milhões de toneladas representando uma aumento de 13,36% Ao avaliar os motivos que atribui ao crescimento e o porquê de a carga conteinerizada ter tido destaque, o vice-presidente do Sindarma (Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas), Madison Nóbrega, explicou que os números, com destaque para o transporte feito em contêineres, se deve principalmente a fatores como a retomada da economia e de diversos setores diante do impacto que a pandemia teve em todos os segmentos em 2020, quando sequer existia vacina e as consequências foram bastante sentidas, principalmente no nosso Estado. “Desta forma, em 2021, muitas atividades foram retomadas, a partir de fatores como a reabertura do comércio que levaram ao crescimento da demanda.

Este aumento de demanda ocasionou o aumento do volume de cargas transportadas por via fluvial, feito principalmente por balsas, para os municípios do interior do Estado e ao mesmo tempo, também provocou o crescimento da busca dos mercados consumidores de produtos do PIM, ocasionando maior volume de insumos transportados para as indústrias e também de sua produção para os destinos finais, o que gerou um maior crescimento deste segmento específico”, avaliou ele.

Conforme o Sindarma, tais indicadores, quanto ao aumento do volume de cargas transportadas por conta do reaquecimento das indústrias do PIM via contêineres, podem ser medidos pelos dados da Superintendência da Zona Franca de Manaus, quanto ao faturamento das empresas em 2021, que tiveram um crescimento de 32,1% na comparação com 2020. “Para este ano, temos uma boa expectativa que o crescimento seja mantido e siga a tendência de ampliação, mas o Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas (Sindarma) segue alerta e atento para o grande número de profissionais que estão com Covid-19 no momento, fator que poderá afetar o transporte de cargas por conta da falta de trabalhadores habilitados e em condições de saúde para a função”, projetou.

A navegação interior contabilizou mais de 14 milhões de toneladas, o que significou um aumento de 6,34% no volume transportado. Em relação ao movimento nos portos privados, o Terminal Graneleiro Hermasa movimentou mais de 9,3 milhões de toneladas em carregamentos apresentando crescimento de 0,07%.

As operações do Porto Chibatão aparecem em segundo lugar, com 7,2 milhões, incremento de 9,4% em relação a 2020. Nacional Em todo país, o setor portuário, formado pelos portos públicos e terminais privados, movimentou 1,210 bilhão de toneladas em 2021. O número representou um crescimento de 4,8% em relação a 2020.

A Antaq divulgou também a expectativa de movimentação portuária para os próximos anos. Para 2022, estudos apontam que a movimentação alcançará 1,239 bilhão de toneladas, um crescimento de 2,4% em relação a 2021. Pelos próximos quatro anos, a Agência prevê a manutenção do viés de alta na movimentação portuária.

Em 2026, a expectativa é que o setor portuário nacional movimente 1,402 bilhão de toneladas contra 1,360 bilhão de toneladas em 2025. Por região As instalações portuárias da região Norte movimentaram 122,5 milhões de toneladas em 2021. O número representou uma redução de 5% em relação a 2020. O destaque entre as instalações foi o terminal Terfron (PA), que movimentou ano passado 5,4 milhões de toneladas, garantindo um aumento de 51,6% em relação ao ano anterior.

Fonte: JCAM