30/04/2014
A alta, considerada atípica para esta época do ano, foi impulsionada principalmente, pela copa do mundo. O incremento se deve aos insumos e exportações do setor de eletroeletrônicos do PIM (Polo Industrial de Manaus), em especial para as linhas de produção de TV's. Além do incremento já esperado no polo eletrônico, o economista José Alberto Machado destaca outro setor que contribuiu com o recorde.
“Tivemos outras demandas, como na construção civil. Tivemos varias construções em Manaus por conta das obras de mobilidade, construção da arena e construções de toda a natureza que incrementaram o setor da construção civil neste período. Portanto, já era esperado que o volume de cagas direcionada a Manaus incrementasse”, enumerou.
Mas apesar dos números positivos, ele vê com cautela a situação da infraestrutura do principal terminal do Norte e da cidade de Manaus. Na opinião de machado, o porto Chibatão esta operando no limite da capacidade e os números poderiam ter sido melhores, sobretudo se tivéssemos mais de um porto que pudesse dar vazo adequada ao volume de insumos movimentado pela capital. Ele acredita que o desembaraço de cargas neste primeiro trimestre só não apresentou um colapso devido à greve da Suframa.
“A infraestrutura logística de Manaus continua como sempre esteve: péssima. O (Porto) Chibatão já não aguenta mais a demanda. Os portos que temos já não aguentam o crescimento. Se não tivesse havido a greve da Suframa, que de certa maneira inibiu a saída e liberação de cargas no terminal, certamente teríamos tido crises e conflitos grandes entre as empresas e o Chibatão”, acrescentou o economista.
Capacidade ociosa
O gestor do Chibatão, Jhonny Fidélis, rebate as afirmações e garante que o complexo portuário não enfrentou problemas operacionais aposs o crescimento da movimentação de cargas registrado nos três primeiros meses de 2014. Mesmo assim, ele afirma que o terminal esta passando por obas que vão ampliar a área total em, aproximadamente, 2 milhões de metros quadrados. Segundo ele, a capacidade do porto Chibatao pode atender ao dobro da demanda atual, mesmo antes da inauguração da expansão.
“Gargalo hoje não há. Para ter gargalo no norte do Brasil, mais especificamente em Manaus, tem que completar os outros 50% de ociosidade. Com toda a movimentação recorde, a gente opera aproximadamente 50% de ociosidade, mesmo sem a nova expansão e com todos os diferenciais logísticos e portuários que somente o Norte tem, como segregação de carga por armador e segregação de carga por cabotagem”, defendeu o gestor.
A expectativa é que, a partir da segunda quinzena de maio, a quantidade de carga transportada normaliza.
O porto tem mais de dois milhões de metros quadrados de área útil e atente a mais de 600 indústrias do PIM, além de 950 empresas de diversos segmentos da economia localizadas na região. Com isso, o terminal responde por 80% de todo o trafego de cargas que chega ou sai de Manaus via navios de cabotagem ou longo curso.
Fonte: JCAM