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Portos iniciam corrida de 2016

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16/02/2016

O setor de logística amazonense enfim inicia o ano com grandes reforços da iniciativa privada. Gigantes como o Grupo Chibatão ou negócios mais modestos como o da Ponta Negra Administração e Empreendimentos e suas novas obras, aquisições e investimentos, são alguns exemplos de visão empreendedora focando o PIM (Polo Industrial de Manaus) e outros segmentos da cadeia produtiva do Estado. Enquanto isso, do lado estatal, os investimentos parecem minguar.


O Grupo Chibatão, proprietário do maior complexo portuário privado da América Latina (o Porto Chibatão) e mais cinco empresas familiares, anunciou recentemente a aquisição de novas frotas para movimentação de cargas pesadas, um investimento que irá aumentar em 40% a capacidade logística do porto. Os investimentos representam mais de 50% dos R$ 262 milhões destinados à melhorias na infraestrutura logística para 2015 e 2016.

As novas aquisições são parte do plano do grupo para iniciar atividades nas regiões Sul e Sudeste, explica o diretor-executivo geral do Grupo Chibatão, Jhony Fidelis "O Grupo Chibatão amplia ainda mais sua capacidade logística para atender não só o Polo Industrial e o mercado de Manaus, mas também a outras regiões de importância para a cadeia produtiva amazonense", disse.

Realizada entre dezembro de 2015 e janeiro de 2016, a transação aumentou de 88 para 121 o número de equipamentos logísticos da empresa. Foram adquiridos guindaste sobre pneus, esteiras com capacidade de duas a 500 toneladas, carretas modulares, linha de eixo auto propelidas com capacidade de transporte de 1,2 mil toneladas, guindastes pórticos, cavalos mecânicos traçados e acessórios para movimentação de carga pesada. Atualmente, o PIM representa 60% dos negócios do Chibatão.

Médio porte e interior


Fevereiro também foi o mês escolhido pela Ponta Negra Administração e Empreendimentos para início das obras do TUP (Terminal de Uso Privado) no bairro da Compensa. A área de 26.090,20 m² teve um investimento de R$ 1,86 milhão e teve autorização da SEP (Secretaria de Portos da Presidência da República). A obra está prevista para ser entregue em fevereiro de 2017

O TUP irá operar exclusivamente com cargas granéis como material de construção e metalúrgico, vestuários, móveis e utensílios para o interior do Estado e hidrovias interestaduais, conta o sócio procurador da empresa, José Vila Beneyto Filho. "Para portos de médio porte, como o que estamos construindo, o interior e hidrovias interestaduais são interessantes por serem mercados ainda pouco explorados", disse Beneyto.

De acordo com a Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), o sistema portuário nacional (Portos Organizados e TUPs) permitiu a movimentação de 931 milhões de toneladas de carga bruta (granel sólido, granel líquido e carga geral) em 2013. Os TUPs representaram 64% dessa movimentação ou 593 milhões de toneladas.

Recursos estatais


Entre 2003 e 2014, foram previstos pela União, investimentos de R$ 206,7 bilhões para rodovias, ferrovias, portos e aeroportos brasileiros, mas somente 65% (ou R$ 135 bilhões) foram executados, segundo o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o que faz as previsões para 2016 pouco animadoras, mesmo com o anúncio da segunda etapa do PIL (Programa de Investimento em Logística) pelo Governo Federal que estima investimentos de cerca de R$ 37,4 bilhões para o setor portuário, que já estava no orçamento de 2012 e não teve nenhum projeto executado.

Para o presidente do Cieam (Centro das Indústrias do Estado do Amazonas), Wilson Périco falta mais empenho das representações políticas quanto à questão portuária no Amazonas. "Muitas vezes as hidrovias são a única saída de escoamento do que se produz na indústria e temos esse descaso nos portos. Já tivemos ministro da pasta de transporte saído daqui e nada. É de se esperar que a iniciativa privada assuma alguns papéis", afirma.

Fonte: JCAM


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