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População do Amazonas acredita na recuperação da economia do Brasil

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07/08/2015

Como todo bom brasileiro, o amazonense está confiante na recuperação dos indicadores econômicos do Brasil a curto prazo. A Pesquisa de Intenção de Compra e Confiança do Consumidor, divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Amazonas (Fecomércio-AM) por meio do Instituto Fecomércio de Pesquisas Empresariais do Amazonas (IFPEAM) mostra que 36,2% dos 400 entrevistados acreditam que a economia do Amazonas sinalizará melhores resultados nos próximos seis meses. Porém, os economistas e empresários não externam o mesmo otimismo.

A pesquisa foi desenvolvida em bairros de todas as zonas da capital durante o mês de julho. Conforme o relatório, 36,2% dos entrevistados acreditam que nos próximos seis meses a economia do Amazonas apresentará melhores resultados frente aos obtidos atualmente. Por outro lado, 35,2% acreditam que o segmento deverá permanecer inalterado, enquanto 28,6% consideram que a situação econômica estará pior.

Segundo o assessor econômico da Fecomércio, José Fernando Pereira, o otimismo externado pelos entrevistados não descarta a preocupação com o aumento dos juros e da inflação. Pereira lembra que o percentual de otimismo registrado na pesquisa foi inferior aos resultados anteriores. “Consideremos que o público não está pessimista. Porém, preocupado com a inflação. As pessoas têm certeza que nos próximos meses os produtos estarão mais caros”, disse.

Para o economista Francisco Mourão Júnior, é natural que o povo amazonense espere melhorias no cenário econômico nacional. Porém, ele explica que os problemas econômicos não se resolvem com tanta facilidade em decorrência da instabilidade política. Com base nas previsões econômicas nacionais, Júnior ainda disse que até o final deste ano o Produto Interno Bruto (PIB) deve fechar em índices negativos, o que deve levar o país a uma oficial recessão econômica. “A situação é ruim. A instabilidade política reflete na área econômica com juros altos e um certo recuo do consumidor. Esse fator está interferindo na produção do Polo Industrial de Manaus (PIM)”, analisou. “Conforme as previsões, o PIB deve fechar no negativo. Estamos caminhando para uma recessão”, completou.

De acordo com o consultor e economista, Hélio Pereira, na tentativa de amenizar a situação e manter os empregos, as empresas buscam transmitir aos empregados uma imagem otimista quanto ao cenário econômico e também a conscientização da importância da contenção dos custos. “Os empresários torcem pelo fim da crise econômica e pelo fim do embate político. Não podemos dispensar os funcionários com facilidade porque os custos são altos e após esse período teremos que recontratar novamente. Precisamos ser otimistas, mas também reduzir todas as despesas possíveis neste período”, comentou.

Dentre os resultados relacionados ao índice de confiança do consumidor, o levantamento mostra que 32,5% dos entrevistados consideram a atual situação econômica melhor em relação ao cenário vivenciado no mesmo período de 2014. Enquanto 37,2% do público avalia que a situação permanece inalterada. Quanto a expectativa do consumidor em relação à situação financeira da família para o próximo mês, a pesquisa mostra que 58% acredita em melhores resultados. Enquanto 33,3% não acreditam na possibilidade de mudanças e 8,7% acham que a situação deverá piorar.

Vestuário, calçados e relojoaria


A pesquisa também aponta que em suas compras o consumidor dá preferência aos bens de consumo de natureza pessoal, com destaque aos segmentos de vestuário (25%); calçados (20%); relojoaria (8,3%), tecidos (7%), utilidades domésticas (4,3%), material de construção (2,8%), móveis e decoração com 2,5%.

Quanto ao investimento previsto em comemoração ao Dia dos Pais, os consumidores informaram que pretendem gastar entre R$ 101 e R$ 200, com uma média estipulada em R$165. Segundo o vice-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus (CDLM), Ezra Benzion, o consumidor restringe suas compras aos itens essenciais, conforme o seu orçamento. Benzion afirma que as parcelas extensas foram praticamente esquecidas. “O consumidor compra o que precisa e dentro do seu orçamento. Não vemos mais parcelamentos extensos porque as pessoas estão temerosas e têm mais cautela na hora da compra”, explica.

Benzion afirma que no período de venda para o dia dos pais os empresários estimam um crescimento estimado entre 0,5% e 1,5%. “É possível que mesmo com a data comemorativa tenhamos queda nos setores mais tradicionais como confecções, calçados e perfumaria porque as vendas em geral são ‘puxadas’ por segmentos em crescimento como supermercados e farmácias”, disse.

Fonte: JCAM


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