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Polo relojoeiro vive reflexo da crise

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03/12/2018

Notícia publicada pelo Jornal do Commercio

Até o mês de setembro deste ano, o setor relojoeiro do PIM (Polo Industrial de Manaus), faturou R$ 830 milhões. Apre-sentando uma queda de 12,5%, em relação ao mesmo período do ano passado que alcançou R$ 1,2 bilhão no faturamento. De acordo com os Indicadores de Desempenho da Suframa. O diretor da Technos, Maurício Loureiro, considera que apesar da defasagem, ainda há 3 meses para encerrar o ano, com perspectiva de que o segmento, iguale seu faturamento ao mesmo patamar de 2017.

De acordo com Mauricio, o percentual tímido, com a diferença no valor do faturamento, foi motivada, principalmente, pela crise de desemprego, a depreciação do real frente ao dólar. "Esses fatores influenciam diretamente no consumo. O relógio não é um produto de primeira necessidade. O brasileiro se depara com a maior crise econômica. Uma massa muito grande de desempregados. Estes não estão interessados em consumir. E a retração nas vendas é natural em função do desemprego.

Para ele isso tudo somado contribui para que o mercado seja menos comprador, afetando automaticamente a produção. "Relógio de um modo geral é um bem durável. E como tal, não se troca a todo momento. O que fazemos para estimular o consumo e ao consumidor é trazer o produto para um estilo de moda, com apelos que faça com que o consumidor se sinta na moda do momento. Daí, se ter hoje no mercado uma grande variedade de produtos. Com isso, podemos estimar um patamar de consumo anual, venda para lojistas, de 9 a 10 milhões de relógios, que são produzidos na ZFM.

Isso, sem considerar os produtos que são importados anualmente importações diretas que estão hoje projetadas para 2 milhões de unidades em 2018". Confirmando o cenário de retração do setor, o vice-presidente da Fieam (Federação das Indústria do Estado do Amazonas), Nelson Azevedo, atribuiu também o desempenho à crise econômica.

Outro fator que ele sugere como responsável pelos números, são os pedidos que as empresas recebem para abas-tecer para o período do Natal. "As empresas estão com seus Produto sente reflexo duradouro da crise por conta de não ser de primeira necessidade de estoques acima do normal e às vezes acaba tendo uma redução no número de pedidos". Ele também projeta o otimismo para o segmento para o último trimestre do ano, quando o desempenho é maior.

"Com certeza teremos uma alavancada no polo porque o período de festas se aproxima. Talvez até supere o desempenho frente ao ano passado, quando tivemos um período razoável". Nelson Azevedo disse que a campanha da Black Friday com certeza aqueceu as vendas do produto, mas isso só será confirmado quando o trimestre for fechado. Pesquisa diz que 40% dos micros e pequenos empresários querem investir Um levantamento feito pela CNDL (Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas) e pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) revela que 40% dos micros e pequenos empresários dos setores de comércio e serviços pretendem investir nos próximos três meses. Este é o maior valor da série histórica desde maio de 2015 quando esse percentual era de 30%.

Por outro lado, 44% dos empresários estão receosos com investimentos para seus negócios, aponta o estudo. Entre estes empresários, 46% afirmaram não ver necessidade e 24% entendem que o país ainda não se recuperou da crise. Outros 16% alegam que já investiram recentemente e 15% mencionam falta de recursos. O indicador revela ainda que metade dos empresários que têm intenção de investir planejam aumentar as suas vendas pensando no período de final de ano.

Destes, para 32% a principal finalidade é aumentar os estoques. Outros 26% destinarão recursos para atender ao aumento da demanda em seus estabelecimentos. Além desses, 25% pretendem reformara própria empresa; 22% comprar equipamentos e maquinário; 13% usar os recursos em mídia e propaganda; e 12% expandir o portfólio de produtos e serviços.

Entre os que irão investir, a sondagem revela que a maior parte vai recorrer ao capital própria O motivo do uso de capital próprio está ligado ao juro elevado, mencionado por 51%. Outros 20% devem recorrer a empréstimos.

Contratação de crédito

O estudo também apurou os dados do Indicador de Demanda por Crédito, que revela um aumento de 21,4 pontos para 26 pontos, em uma escala de zero a 100, na comparação com o mês anterior. Na comparação com o mês de outubro, ouve uma alta de 21% na intenção de contratar crédito.

Em termos percentuais, 17% dos micros e pequenos empresários pretendem tomar alguma modalidade de crédito nos próximos três meses, ante 10% em outubro. Já 14% não sabem ainda se contratarão e 69% não devem buscar crédito. Entre os fatores pela recusa para contrair crédito estão a manutenção de recursos próprios (59%), juros altos (29%), e insegurança em relação ao cenário econômico (15%) Para o SPC, a volta do apetite por novos investimentos por parte dos micros e pequenos empresários representa um bom sinal, apesar de outra boa parte aguardar um cenário econômico mais definido. A entidade ressalta ainda que as altas taxas de juros, que ainda seguem elevadas apesar das quedas recentes, acabam inibindo a tomada de crédito por boa parte do empresariado. Além disso, há o fator confiança.

Os Indicadores de Demanda por Crédito e de Propensão para investimentos do Micro e Pequeno Empresário calculados pela CNDL e pelo SPC levam em consideração 800 empreendimentos com até 49 funcionários, nas 27 unidades da federação, incluindo capitais e interior.

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