04/10/2013
O diplomata frisou que a maioria das 60 empresas finlandesas que estão no Brasil e que faturam aqui R$ 11 bilhões por ano é do ramo naval e está localizada no Rio de Janeiro. Entretanto, boa parte delas está especialmente interessada em instalar filiais no Amazonas, devido ao projeto do Polo Naval do Estado. Nogueira lembrou que a SUFRAMA patrocinou estudos para formatação do plano e que a ideia do governo do Estado é que todo o espectro de construção de embarcações seja atendido, das pequenas às “gigantescas”. “O Polo Naval é encarado pelo Amazonas como uma importante alternativa de diversificação da economia estadual”, disse o superintendente.
Nogueira também ressaltou, como uma das vantagens para os investidores, que já está se desenhando um sistema tributário específico e que as empresas poderão receber incentivos fiscais para a produção de embarcações.
Atualmente, cinco empresas finlandesas estão implantadas no Polo Industrial de Manaus (PIM): Elcoteq, Nokia, Perlos, Salcomp e Wärtsilä. Na reunião, o embaixador comentou os projetos da Wärtsilä, que está transformando seus equipamentos para a geração de energia a partir do gás natural.
Educação
Outro tema foi a compra de parte da Nokia pela Microsoft. A previsão, segundo a embaixada, é que todo o processo, incluindo questões burocráticas, de troca de comando deverá durar um ano. “A decisão da venda era estratégica, tendo em vista o futuro da companhia. A Nokia vai se concentrar no desenvolvimento de softwares e aplicativos e a Microsoft deve continuar produzindo o hardware (aparelhos celulares) aqui (em Manaus)”, disse Souto. O embaixador também ressaltou ser muito cedo para se especular sobre o futuro da Fundação Nokia de Ensino, e que acredita na manutenção do projeto.
O superintendente manifestou planos da autarquia de por meio do programa federal “Ciências sem Fronteiras”, aumentar o envio de estudantes da região para países como a Finlândia. Ano passado, apenas 174 jovens universitários oriundos de Amazonas, Roraima, Rondônia, Acre e Amapá participaram do projeto. A ideia da SUFRAMA é que, no mínimo, 30 estudantes de cada Estado tenha acesso à oportunidade. Em Roraima, por exemplo, apenas um aluno participou da iniciativa. “Nossa ideia é que as empresas usem parte dos 5% que precisam investir em P&D (pesquisa e desenvolvimento) nesse projeto. É o melhor investimento que podemos fazer para a formação de capital intelectual da região”, ressaltou.
Em 2012, informou o embaixador, 200 brasileiros foram estudar na Finlândia, a maioria em cursos voltados para o trabalho com a indústria naval.
Fonte: Assessoria de Comunicação Suframa