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Polo Industrial vive expectativa de um ano difícil para novos empregos

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15/01/2015

As empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) estão com o quadro de mão de obra enxuto após, aproximadamente, cinco mil vagas encerradas em 2014, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal). Na expectativa das decisões do governo federal, as indústrias estudam a estrutura de custo para fazer ajustes nesse início do ano que inicia com perspectivas pessimistas dos empresários.

O mercado amazonense depende de como será no resto do País, avalia o vice-presidente da Federação das Indústrias do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo.

“Nossa expectativa é de incerteza e insegurança. O primeiro semestre vai ser de ‘pé no freio’, sem arriscar em investimentos ou outras coisas que possam aumentar o custo da indústria, quadro enxuto em toda a estrutura seja de pessoal ou material”, disse Azevedo.

As últimas empresas estão retornando das férias coletivas nesta segunda-feira e devem fazer os ajustes necessários.

O segmento que mais preocupa os empresários é o Polo de Duas Rodas, que em 2014 amargou queda de 9% na produção, em relação a 2013, ano que também já havia sido ruim para o setor, após recuo de 1,2%, em relação a 2012. “Em torno das grandes empresas de duas rodas, há as pequenas que são as componentistas e que não tem estrutura para manter um quadro de pessoal sem ter contrapartida de receita”, destaca Azevedo.

Segundo ele, as empresas estão conversando com os funcionários para que todos possam se dedicar ao máximo, serem flexíveis, para evitar cortes. “Ninguém pode se dar ao luxo de não querer fazer certas funções que estão fora do contrato por temerem demissões”, afirma.

O presidente do Sindmetal, Valdemir Santana, descarta um movimento de demissões em janeiro, mas ressalta que as empresas trabalham no limite do quadro de mão se obra. “As demissões que tinham que ocorrer, aconteceram em 2014. As empresas estão totalmente enxutas, não fica um trabalhador a mais”, afirma.

Segundo o sindicalista, 2013 terminou com 130 mil trabalhadores no PIM, enquanto 2014 foram 125 mil. “Então, perdemos, aproximadamente, 5 mil empregos no ano passado”, afirma Santana. Segundo ele, a Lenovo (antiga CCE) e a Philco foram as empresas que demitiram no ano passado e não repuseram. “Na Lenovo foram quase 2 mil trabalhadores, enquanto a Philco tinha 3,5 mil funcionários e, hoje, está com 1,8 mil”, disse.

Para o presidente do Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Estado do Amazonas (Sinaees), Celso Piacentini, os desligamentos que estão ocorrendo nesse início do ano são próprios do período, dos foram contratados por tempo determinado. “Vai ser um ano apertado e difícil e vamos trabalhar bem ajustados na questão da mão de obra, mas não há movimento de demissões nesse início de ano”, disse.

Indústria do AM tem a maior queda na produção


A queda de 0,7% na produção industrial brasileira em novembro passado foi puxada por sete das 14 regiões avaliadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na série já com ajustes sazonais, o Amazonas foi o que mais sentiu a queda na atividade fabril: o recuo foi de 4%. Minas Gerais e São Paulo vêm na sequência, com queda de 2,6% e 2,3% no setor industrial. Até Santa Catarina, que vinha se recuperando nos meses anteriores, mostrou desaceleração de 1,9% em novembro. Ceará (queda de 1,2%), Rio Grande do Sul (0,9%) e Goiás (0,1%) completam a lista de regiões com índices negativos em novembro.

Em novembro de 2014, a produção industrial do Amazonas eliminou parte do ganho de 1,3% observado em outubro. Na comparação com igual mês do ano anterior,  registrou queda de 16,9% em novembro de 2014, oitava taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto e a mais intensa desde julho de 2012 (-24,4%).

No indicador acumulado de janeiro a novembro de 2014 houve retração de 3,8% na comparação com o mesmo período do ano anterior. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos 12 meses, ao recuar 3,1% em novembro de 2014, manteve a trajetória descendente iniciada em março último (9,5%) e assinalou a queda mais intensa desde maio de 2013 (-3,4%).

Igrejas diz que é difícil prever


Para o superintendente em exercício da Superintendencia da Zona Franca de Manaus (Suframa), Gustavo Igrejas, é difícil fazer uma previsão para esse ano, pois apesar da crise de 2008 e 2012, em que houve instabilidade no PIM, o governo federal não havia feito ajuste fiscal desde o início do governo Lula. “A queda dos gastos do governo tira uma parcela grande de dinheiro da economia e isso reflete no consumo”, disse.

Para Igrejas, os número de mão de obra do PIM tem sido pouco preocupantes pois vem se comportando dentro da normalidade.

“Ano passado tivemos uma média mensal de 122 mil empregos que foi a maior média de todos os tempos, mas tem períodos do ano com 117 mil e outros com 126 mil então o início do ano começa com mão de obra abaixo de 120 mil e, entre maio até setembro, há o pico dela”, destaca.

A média mensal de trabalhadores do PIM passou de 91,7 mil em 2009 para 122,4 mil cinco anos depois, incluindo terceirizados e temporários. Em compensação a média salarial que era de US$ 1,4 mil (R$ 2,9 mil) em 2009, aumentou para US$ 1,7 mil (R$ 4 mil) em 2014, 18,7% de aumento em cinco anos.

Fonte: Portal D24am.com

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