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Polo industrial insere Manaus entre locais que mais empregam imigrantes

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02/03/2017

Migrar para outros países em busca de crescimento profissional é opção para muitas pessoas, e o Polo Industrial de Manaus (PIM) é um desses lugares onde o pluralismo cultural se mistura. Nas fábricas do polo que completa 50 anos e que exporta produtos para o Brasil e o mundo, é natural encontrar asiáticos, latinos e europeus que viram no Amazonas um lugar para trabalhar e percorrer caminhos novos. A partir de levantamento do Ministério do Trabalho, não é difícil perceber que essa característica colabora para inserir a capital entre as cidades que mais empregam imigrantes.

Entre diferentes histórias, uma é a do engenheiro mecânico Koichi Yamaguchi, de 53 anos, que há oito vive na capital e, graças à receptividade manauara, escolheu a cidade para trabalhar.“Facilitaram meu entendimento de várias formas”.

Yamaguchi é um dos vários japoneses que viajaram para a capital amazonense para trabalhar na indústria, sobretudo no polo de duas rodas, onde desde o início do modelo econômico tem muitos representantes que ajudaram a consolidar o Polo Industrial. O asiático veio pela primeira vez a Manaus em 1987, em uma viagem rápida de trabalho. Depois teve a oportunidade de escolher uma filial para trabalhar e optou pela unidade da Honda de Manaus por se sentir melhor ambientado.

“No início achei o clima muito quente, mas me adaptei de forma natural. Sempre gostei da culinária brasileira. A feijoada, por exemplo, me deixou muito surpreso pela quantidade de ingredientes. Tive um pouco de dificuldade com a farinha de mandioca por ser muito dura para morder. O idioma também foi difícil. O que me ajudou foi a boa receptividade dos manauaras, que tiveram paciência e facilitaram meu entendimento de várias formas como se eu fosse uma criança Aprendi muito com mímica”, recorda o engenheiro.

Um levantamento do Ministério do Trabalho apontou que, entre 2010 e 2015, Manaus foi a oitava cidade em número de empregos formais oferecidos a imigrantes. O ápice foi em 2013, quando a capital tinha 1.702 estrangeiros com vínculo formal de trabalho. Ainda conforme o levantamento, latinos, caribenhos e europeus somam a maior quantidade de trabalhadores estrangeiros no Brasil.

No caso dos japoneses, geralmente é um público que vem exercer funções que requerem maior grau de especialização, como cita o coach Carlos Oshiro. “As empresas multinacionais acabam trazendo pessoas da sua matriz para cargos de liderança e confiança, onde já há a cultura da empresa embutida em suas ações”, explica.

Oshiro orienta àqueles que desejam concorrer a cargos nas empresas de outras matrizes que é primordial aprender o idioma nativo da companhia, bem como ter cursos nas áreas de atividade da empresa.

Nos 50 anos do PIM, empresas de diversos países se instalaram em Manaus. Entretanto, Oshiro acredita que a permanência delas depende da economia do país.

“As empresas estrangeiras dependem muito da economia do Brasil. Nesse momento algumas saíram. Até por causa da crise econômica continuar, ou essa falta de credibilidade no Brasil, ela deixa de trazer novos investidores. Tudo depende muito da política do governo e das empresas sentirem segurança na economia do Brasil e no governo brasileiro", conclui.

Enquanto isso, o engenheiro Yamaguchi continua exercendo função na empresa de Manaus e apreciando a gastronomia e belezas naturais da cidade. “Manaus é uma cidade onde residem muitos descendentes do Japão. Para os amigos de outros países indicaria conhecer o Rio Negro e a diversidade de peixes” finaliza.

Fonte: G1.com

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