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Polo Industrial de Manaus retoma mais de 90% das operações após suspensão de atividades na pandemia

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05/10/2020

Fonte: G1 AM

O Polo Industrial de Manaus (PIM) já retomou mais de 90% das operações após a paralisação de quase todas as atividades por conta da pandemia do novo coronavírus. Durante o pico da Covid-19 no estado, entre abril e maio, as únicas empresas que seguiram com as operações na Zona Franca produziam insumos para combater a doença.

As informações foram repassadas pela Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam) e Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam). Até quinta-feira (1º), o Amazonas registrava mais de 140 mil casos da doença e mais de 4,1 mil mortes.

Em julho, a indústria amazonense já deu sinais positivos após a retomada dos trabalhos. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor apresentou um crescimento de 14,6% na comparação com o mês anterior, um percentual maior do que a média nacional (8,0%). A melhora veio após o estado registrar os piores indicadores do País no mês de abril deste ano, com queda de -53,9% no setor.

Segundo o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Antônio Silva, as empresas voltaram com as atividades totais a partir de meados de agosto.

De acordo com ele, a retomada vem se mostrando consistente e os setores apostam em datas comemorativas para aquecer ainda mais o mercado no último trimestre do ano.

"Os principais segmentos do Polo Industrial de Manaus tem demonstrado uma retomada consistente para os patamares anteriores à crise. Os produtos manufaturados no PIM, em sua maioria, não são aqueles de primeira necessidade e, em meio a uma crise econômica, são os mais impactados negativamente", explicou o dirigente.

Durante a pandemia, quase todas as mais de 300 empresas do PIM paralisaram suas atividades para evitar o avanço da Covid-19. Segundo Silva, apenas duas empresas, que trabalhavam na produção de insumos contra a doença, continuaram com as operações.

"Na pandemia, quase na sua totalidade (pararam), excetuando duas, que ficaram funcionando e produzindo equipamentos para combater a Covid, tipo respirador e máscaras de acrílico, etc. Tivemos uma do segmento de duas rodas que, em algum momento funcionou com 50%, parou total por outros problemas, e depois retornou", disse.

Apesar da retomada gradual do setor, o dirigente acredita que dificilmente as empresas conseguirão recuperar 100% das operações ainda em 2020. Os reflexos da pandemia ainda causam preocupação entre os empresários, de acordo com ele.

"O desaquecimento da economia em razão da crise sanitária foi acentuado. Além disso, a pandemia ainda nos assola. Problemas de desabastecimento e alta dos insumos também são graves óbices ao setor industrial", pontuou.

O único setor que ainda trabalha com uma operação reduzida, segundo a Fieam, é o de relojoaria. Conforme a federação, o setor já enfrentava crise antes mesmo da pandemia.

O G1 buscou posicionamento da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) sobre o cenário das empresas no PIM, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.

Crescimento de importações

Segundo a Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), a Balança Comercial do Amazonas apresentou crescimento nas importações, em agosto, que tiveram aumento de cerca de 11,45%, na comparação com julho de 2020, e queda de 3,78%, com agosto de 2019, como reflexo da retomada das atividades no Polo Industrial de Manaus (PIM).

Já as exportações tiveram redução de 19,97% em relação a agosto de 2019, e 35,08%, em relação a julho de 2020, em razão de medidas tomadas para o combate à Covid-19.

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