03/06/2015
Entre as empresas que mais demitiram nos últimos 31 dias, as eletrônicas lideram, com destaque negativo para a empresa Digiboard da Amazônia, que fechou 494 postos de trabalho,ainda de acordo com o Sindmetal. Da mesma maneira, o acumulado dos cinco primeiros meses do ano manteve a tendência de relativa estabilidade, com 12.409 demissões em 2015 contra 12.537 dispensas entre janeiro e maio de 2014. Neste período, a Samsumg da Amazônia Ltda. foi a empresa que mais fechou vagas no PIM, acumulando mais de mil demissões em cinco meses.
Nelson Azevedo, vice-presidente da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas) confirma a redução. No entanto, ele ressalta que, comparativamente com o ano passado, hoje a muito menos trabalhadores empregados no PIM, o que, na prática, acaba mascarando o resultado positivo. "Houve uma redução no quadro de pessoal entre 2014 e 2015. Se você comparar os três primeiros meses deste ano com o ano passado teremos uma diferença de aproximadamente 8 mil empregos. Agora quando analisamos em termos do que foi dispensado realmente a rotatividade parece menor", explicou.
Em 2014, o PIM registrou mais de 27 mil trabalhadores demitidos, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos. Este número representou um aumento de 17,6% no total de desligamentos anotados no ano anterior. Muitas empresas estão concedendo férias coletivas Nélson Azevedo lembrou ainda que muitas empresas do PIM estão concedendo férias coletivas e licenças remuneradas como forma de evitar demissões em massa. Mas, na opinião do vice-presidente da Fieam, diante da crise econômica que prejudica o consumo, a produção e o faturamento das fábricas, os cortes de pessoal serão inevitáveis nos próximos meses. "Está havendo uma queda acentuada na produção e no faturamento, o que reflete naturalmente no nível de emprego. Esse mecanismo (férias coletivas) tenta segurar uma mão de obra que já está qualificada, mas e depois, no retorno, será que as empresas vão conseguir manter (os empregos)? Embora a dispensa de mão de obra seja o último recurso ao qual as empresas apelam para cortar gastos, chega um ponto que, infelizmente, isso terá que acontecer. Os outros itens já estão todos enxutos", adiantou Azevedo.
O Jornal do Commercio tentou entrar em contato com o presidente do Sindmetal, Valdemir Santana, mas até o fechamento desta matéria não houve resposta.
Fonte: JCAM