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Polo Industrial de Manaus produz 72,5% tablets a menos

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04/04/2016

Depois de um ‘boom’ na produção de tablets de 2013 para 2014, o Polo Industrial de Manaus (PIM) registrou uma queda de 72,5%, em 2015. O principal motivo, segundo os especialistas, é a crise econômica, que tem feito os consumidores adiarem a compra de um aparelho novo.

“Isso é reflexo da crise econômica. Apesar de o tablet continuar sendo um aparelho de muita utilidade, não tem gente para consumir, porque o desemprego também aumentou”, disse o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo, acrescentando que, enquanto o Brasil continuar nesse cenário político-econômico incerto, a queda na produção e consumo de bens de informática e de serviços e do comércio tende a piorar.

Enquanto que em 2014 foram produzidas 2.706.397 unidades, no ano seguinte, a produção de tablets chegou a 742.123 unidades, o equivalente a uma redução de 72,5%, conforme informações do último Indicador de Desempenho industrial, elaborado pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). As vendas da indústria desse bem também despencaram. Em 2015, foram vendidas 2.598.197 unidades. Já no ano seguinte, o total de vendas foi de apenas 959.700 unidades, uma retração de 63%.

Segundo o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL-M), Ralph Assayag, a venda de tablets no varejo caiu de 38% a 40% quando se compara 2014 com 2015. “Devido à crise econômica, as pessoas não estão trocando de tablet por um mais moderno e sim dando apenas manutenção. Além disso, os tablets enfrentam a concorrência dos smartphones, que são mais compactos”, disse. A expectativa é que essa retração das vendas seja mantida ou cresça ainda mais durante esse ano, segundo Assayag.

Brasil

Em termos nacionais, o resultado não foi diferente. Após sucessivos resultados positivos, desde 2010, quando os tablets surgiram no mercado, o cenário mudou. Conforme estudo da IDC Brasil, foram vendidos cerca de 5,8 milhões de unidades, queda de 38% na comparação com 2014, quando foram comercializados 9,5 milhões de dispositivos.

“Diante da instabilidade político-econômica do País durante todo ano passado, com desemprego em alta e confiança do consumidor em baixa, passou a ser objeto de compra secundário. Além disso, o tablet deixou de ser novidade”, disse o analista de pesquisas da IDC Brasil, Pedro Hagge. Outros motivos apontados pelo analista são a saída das empresas estrangeiras do Brasil devido às sucessivas altas do dólar e a competição com os smartphones de tela maior e preços compatíveis.

Fonte: Portal D24am.com

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