24/06/2014
“Nós tínhamos esperança que houvesse um grande crescimento do setor por conta da realização da Copa do Mundo. Mas, a economia vem passando por momentos difíceis, ela tem sido constantemente retraída.
E, com isso, acredito que não alcançamos o volume produzido no mesmo período do ano passado”, comentou o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo.
De acordo com o dirigente, houve um aumento substancial em junho no setor eletroeletrônico.
No entanto, nos demais setores, exceto o de alimentação e bebidas, a demanda caiu muito e a baixa produção fez as empresas anteciparem as férias coletivas e, ainda, prolongarem por 20 a 30 dias, sendo que nos anos anteriores davam apenas dez dias.
“Não temos perspectiva de crescimento no início do próximo semestre. No momento, estamos somente preocupados em manter o volume de produção e segurar os empregos dos funcionários” afirmou.
Fim de ano
Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares de Manaus (Sinaes), Celso Piacentini, a expectativa para o setor eletroeletrônico também não é positiva e a previsão é que haja uma pequena queda.
“Quando tem um período de alto consumo como esse que foi registrado com a Copa, nos meses posteriores deve haver redução, pois quem tinha que comprar, principalmente televisores, já comprou”, apontou.
Nelson Azevedo avalia que a demanda de Natal e de fim de ano vai influenciar positivamente a indústria. “No momento não há expectativa de aumento na produção, mas talvez melhore quando as empresas começarem a produzir para abastecer o mercado para o final de ano”, destacou.
PEC da ZFM
O Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal) aposta num segundo semestre melhor, com a possibilidade de aprovação no Senado, da proposta de emenda à Constituição (PEC 506/2010) que prorroga por mais 50 anos os benefícios da Zona Franca de Manaus (ZFM).
Para a entidade, haverá crescimento de novos postos de trabalho e a manutenção dos antigos. Em nota, o sindicato afirmou que não tem dados oficiais sobre a quantidade das vagas, mas, com base nas necessidades das empresas, ele prevê mais de cinco mil novas vagas.
“O mercado é imprevisível, mas tem a demanda do final de ano, que aumenta a contratação de profissionais nas empresas do Polo Industrial de Manaus”, justificou.
Fonte: Amazonas Em Tempo