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Polo de Duas Rodas aposta em motos de baixa cilindradas

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08/08/2016

Após um primeiro semestre de impactos negativos, empresas do polo duas rodas do PIM (Polo Industrial de Manaus) reprogramaram a produção prevista para os próximos meses de 2016. Na avaliação das fabricantes, o balanço do final do ano deve encerrar com redução estimada entre 10% e 15% no volume produtivo em relação a 2015. Mesmo em meio ao cenário econômico negativo as empresas apostam na adequação de motocicletas de menores cilindradas, modelos mais demandados no período pelo acesso ao crédito e pela relação custo/benefício.

Na avaliação do gerente comercial da Moto Traxx da Amazônia Ltda., Zoghby Koury, a redução produtiva é considerada como histórica para o setor. Ele afirma que o menor volume fabril obrigou a empresa a reprogramar o quadro produtivo na empresa em Manaus.

De acordo com o gerente, devido ao período de dificuldades econômicas a nível nacional, o consumidor brasileiro assumiu um novo perfil com adesão crescente aos modelos de motocicletas de menores cilindradas como as populares ‘cinquentinhas’ que são as de 50 cilindradas, os modelos de 125 e de no máximo 250 cilindradas. Koury explica que os modelos de menores cilindradas permitem locomoção por preços mais acessíveis, atendendo às necessidades do usuário. “Atualmente os modelos de 50,125,150 e 250 cilindradas são os mais demandados. Eles atendem aos clientes para locomoção rápida no dia a dia como o transporte para o trabalho ou escola. Os modelos acima de 250 cilindradas são considerados esportivos demandados por públicos que têm carro e que optam pela moto para uso no final de semana para passeios”, disse. “Nosso cliente é na verdade cinquentinha”, completou.

Segundo o gerente, o modelo cinquentinha chegou ao mercado com uma adequação que foi o emplacamento e a redução no prazo para a obtenção da ACC (Autorização para Conduzir Ciclomotores), documento que possibilita ao condutor trafegar por maiores distâncias. “Esse modelo se tornou o mais procurado. Precisamos readequar o produto e ainda viabilizar o emplacamento e a relação custo/benefício. É um modelo que roda 70 quilômetros com um litro de combustível. Pode ser adquirida por R$4,5 mil”, disse.

Há dois meses a empresa lançou o modelo Sky 125 e agora, estuda o lançamento de scooters para 2017, além das categorias 160 e 190 cilindradas. “Estão se consolidando cada vez mais no segmento de duas rodas”, expressa. “Estamos na expectativa de uma retomada da economia nacional o que deverá impactar positivamente na produção industrial”, completa. O diretor-executivo da Moto Honda da Amazônia, Paulo Takeuchi, avalia que nos últimos anos o mercado de motocicletas passa um processo de retração devido, principalmente, à dificuldade de acesso ao crédito e à crise política e econômica. Mas afirma que apesar do cenário negativo o produto não tem rejeição por parte do cliente. Ele acredita que balanço de 2016 fechará com redução entre 10% e 15% em comparação aos números registrados em 2015.

“O cenário ainda apresenta incertezas e temos um período difícil pela frente. Face ao resultado dos primeiros meses do ano, estamos trabalhando com a perspectiva de redução entre 10% e 15% no fechamento de 2016, comparado a 2015. Apesar dos desafios, acreditamos no potencial do mercado de motocicletas e na importância do veículo na sociedade e esperamos que, em breve, possamos ter uma perspectiva positiva dos negócios do país”, disse. Takeuchi reafirma o interesse do público pelas motocicletas das categorias scooters e ainda um grupo que busca modelos de altas cilindradas. “No último ano, registramos queda nas vendas em quase todos os segmentos e regiões. As categorias de scooters e alta cilindrada foram as que sofreram menor impacto. Acreditamos que a recuperação mais rápida devido ao perfil do público consumidor, seu maior poder de compra e menor dependência de crédito.

Fonte: Maskate

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