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Polo de bicicletas enfrenta escassez de insumos para aumentar produtividade

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16/04/2021

Fonte: Jornal do Commercio

O setor de bicicletas do PIM (Polo Industrial de Manaus) registrou em março a produção de 57 mil unidades. A boa produtividade gerou um crescimento de 3,1% em relação a fevereiro, quando saíram das linhas de produção 54.115 bicicletas. Em relação ao mesmo período do ano passado, o crescimento foi de 6,9%. Apesar do desempenho positivo devido a melhora da crise sanitária causada pela segunda onda da Covid-19 em Manaus, o segmento ainda segue prejudicado com a escassez de insumos que atinge a indústria no mundo todo.

Segundo a Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), o principal gargalo do setor é o fornecimento de peças e componentes. Cerca de 50% dos insumos são provenientes de fornecedores mundiais, principalmente do continente asiático. De acordo com o vice-presidente do segmento de bicicletas da Abraciclo, Cyro Gazola, o abastecimento deverá ser normalizado no segundo semestre deste ano.

"A partir daí, a produção deverá entrar numa curva ascendente. Esse processo, no entanto, será gradual, pois haverá necessidade de ajustar a capacidade das fábricas, o que requer um planejamento minucioso", afirma.

Segundo Gazolla, entre os componentes que estão em falta, destacam-se sistemas de freios, sistemas de transmissões, suspensões e selins. Ele explicou que a Abraciclo e suas associadas estão trabalhando com fornecedores locais para reduzir a dependência de fornecedores globais e disse que o segmento ainda é muito dependente de itens importados.

A falta de insumos é o principal gargalo da indústria. Esse problema é mundial. Devido ao aumento da demanda por bicicletas e as limitações impostas pela pandemia, os fornecedores globais não conseguem atender aos pedidos", disse.

Enquanto o cenário busca melhorias, as montadoras utilizam estratégias para manter o índice de produtividade e atender a demanda do mercado nacional. A falta de insumos tem afetado desde grandes a pequenas marcas em todos os países. Com a finalidade de continuar atendendo o mercado, a montadora Sense adotou a estratégia de antecipar as compras com grandes lotes de produção a fim de ter um estoque eficiente.

Mesmo em meio ao pico da segunda onda da Covid-19, a empresa conseguiu conservar e até aumentar o seu quadro de funcionários, graças às estratégias de abastecimento da produção que foram adotadas. A expectativa é de estabilizar o nível da produção atual, que tem permitido manter os empregos e o abastecimento de sua rede comercial. A empresa confia na normalização da situação a partir do meio do ano, para aumentar o volume de sua produção.

Segundo os dados levantados pela Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), em maio de 2020, os insumos regionais eram responsáveis por 18,67% do total, os insumos internacionais por 66,80%, enquanto que os insumos nacionais correspondiam a 14,73%. Segundo o economista Farid de Mendonça Júnior, a dependência de insumos vindos do mercado externo ainda é muito evidente.

"Como se sabe, o fornecimento de insumos ao Polo Industrial de Manaus vem principalmente da Ásia, com ênfase na China. Portanto, trata-se de uma variável externa ao país. E bem verdade que São Paulo e alguns outros Estados também são fornecedores de insumos para o PIM do Amazonas, mas não de forma significativa quando se pega a totalidade dos números", disse..

Produção por categoria

Com 39.771 unidades produzidas e 68,8% do volume total fabricado, a Moutain Bike foi a categoria mais produzida em março, seguida pela Urbana/Lazer, que teve 14.191 bicicletas fabricadas (24,5% do total). Em termos percentuais, a Estrada foi a que registrou maior crescimento. Foram fabricadas 1.067 bicicletas, o que corresponde a um aumento de 73,5% na comparação com fevereiro (615 unidades).

As três primeiras posições foram mantidas no ranking tri- mestral: MTB (105.819 unidades e 61,9% do volume total fabricado), Urbana/Lazer (49.822 unidades e 29,2%) e Infanto-Juvenil (10.816 unidades e 6,3%).

Exportações

De acordo com o levantamento do portal Comex Stat, em março, foram exportadas 1.582 bicicletas. Na comparação com fevereiro houve recuo de 11,2% (1.782 unidades). Já em relação ao mesmo mês do ano passado, o resultado foi 111,2% superior em relação às 749 bicicletas embarcadas.

O principal mercado foi Paraguai que recebeu 658 bicicletas, o que corresponde a 41,6% do volume total exportado. Na sequência do ranking, vieram Uruguai (485 unidades e 30,7% do total exportado) e Bolívia (426 unidades e 26,9%).

No primeiro trimestre, as exportações cresceram 71,5% e somaram 3.365 unidades. No ano passado, nesse mesmo período, foram exportadas 1.962 bicicletas. As posições no ranking trimestral foram mantidas: Paraguai (2.128 unidades e 63,2% do volume exportado), Uruguai (785 unidades e 23,3%) e Bolívia (426 unidades e 12,7%).

No primeiro trimestre 170.902 bicicletas saíram das linhas de montagem, número bastante semelhante ao atingido no mesmo período do ano passado, que foi de 170.923 unidades.

As fabricantes de bicicletas instaladas no PIM (Polo Industrial de Manaus) produziram 57.843 bicicletas em março. Segundo dados da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), o segmento segue impactado pela falta de insumos que atinge a indústria globalmente. Em março, o volume produtivo foi 3,1% maior que o registrado em fevereiro (56.078 unidades) e 6,9% superior às 54.115 bicicletas produzidas no mesmo mês do ano passado.

O principal gargalo do setor é o fornecimento de peças e componentes. Cerca de 50% dos insumos são provenientes de fornecedores mundiais, principalmente do continente asiático. 3e acordo com o vice-presidente do segmento de bicicletas da Abraciclo, Cyro Gazola, o abastecimento deverá ser normalizado no segundo semestre deste ano. "A partir daí, a produção deverá entrar numa curva ascendente. Esse processo, no entanto, será gradual, pois haverá necessidade de ajustar a capacidade das fábricas, o que requer um planejamento minucioso", afirma.

Entre os componentes que estão em falta, destacam-se sistemas de freios, sistemas de transmissões, suspensões e selins Gazola explica que a Abraciclo e suas associadas estão trabalhando com fornecedores locais pare reduzir a dependência de fornecedores globais. No entanto, a indústria ainda é bastante dependente dos itens importados.

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