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Polo de bicicletas da ZFM tem pior queda de produção desde 2011

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27/05/2020

Fonte: BNC Amazonas

As fabricantes de bicicletas do polo industrial da Zona Franca de Manaus (ZFM) produziram só 10.071 unidades em abril por conta da crise do coronavírus (covid-19).

Conforme a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), o volume é 81,4% menor do que o de março deste ano (54.115 unidades). Bem como também 86,7% inferior ao de abril de 2019 (75.680 unidades).

De acordo com a associação, esse foi o pior resultado de produção para abril registrado desde 2011 (53.850 unidades).

No acumulado dos quatro primeiros meses de 2020, a produção totalizou 180.994 unidades. Dessa forma significando uma retração de 30,2% na comparação com o mesmo período do ano passado (259.422 unidades).

“Registramos em abril um dos piores meses para o segmento no ano, com cerca de 75% das fábricas de bicicletas instaladas no polo industrial de Manaus tendo suas operações paralisadas diante da necessidade de preservação da saúde de seus colaboradores”, afirma Cyro Gazola, vice-presidente do segmento de bicicletas da Abraciclo.

Ele acrescenta que “devido ao cenário atual, iremos, em breve, revisar nossas projeções para 2020”.

Gazola destaca que a Abraciclo está buscando formas de minimizar as dificuldades de caixa das associadas. Assim como de seus parceiros no varejo, que também foram fortemente impactados pela paralisação das atividades.

“Estamos apresentando pleitos junto ao governo federal sobre as necessidades operacionais das fabricantes de bicicletas. E com os governos estaduais e municipais solicitamos permissão para a abertura de bike shops e bicicletarias, desde que atendam aos protocolos recomendados pelas autoridades de saúde”.

Pedido de Reabertura

O pedido para reabertura desses estabelecimentos está baseado no fato de que a bicicleta representa uma boa opção de mobilidade urbana em tempos de pandemia.

“Muitos países, como a França e o Reino Unido, estão estimulando a população a pedalar para reduzir a disseminação da covid-19. Pois esta forma de mobilidade ajuda a evitar as aglomerações típicas dos transportes públicos”.

Conforme Gazola, no início de maio somente 25% das fábricas de bicicletas instaladas na ZFM estavam com a produção paralisada.

Entre as fábricas em operação, foi adotada uma série de medidas preventivas para os funcionários. Por exemplo, termômetros digitais para a medição de temperatura antes da entrada e mudança no layout da linha de produção para assegurar o distanciamento.

Resultados por categoria

A categoria bicicleta elétrica foi a que registrou menor queda no volume de produção.

Em abril, foram fabricadas 251 unidades. Estas, portanto, representando uma retração de 27,7%. Dessa forma, ante as 347 unidades registradas em março do presente ano.

Na comparação com abril do ano passado (67 unidades), houve um salto de 274,6%.

A mountain bike manteve o posto de categoria mais produzida, com 7.112 unidades em abril, significando uma queda de 78% em relação a março (32.277 unidades) e de 83,2% na comparação com abril do ano passado (42.344 unidades).

Na soma dos primeiros quatro meses do ano, esse tipo de bicicleta liderou o ranking das categorias mais produzidas. Por exemplo, com 108.114 unidades, o que corresponde a 59,7% de participação.

Na sequência vêm urbana/zazer (52.595 unidades e 29,1%), infanto-juvenil (14.726 unidades e 8,1%), estrada (3.542 unidades e 2%) e elétrica (2.017 unidades e 1,1%).

Distribuição por região

O maior volume de bicicletas fabricadas na ZFM foi destinado à região Sudeste. Foram 3.987 unidades, correspondendo a um recuo de 87,9% na comparação com março (32.992 unidades) e de 90,6% em relação a abril de 2019 (42.522 unidades).

Em segundo lugar, ficou a região Nordeste, com 2.740 bicicletas, volume 60,8% menor que as 6.988 unidades registradas em março. Em relação a abril do ano passado, houve uma redução de 65,9% (8.043 unidades).

Com 2.389 bicicletas recebidas, a região Sul veio na sequência do ranking. Na comparação com março deste ano (8.286 unidades), houve uma retração de 71,2%, e em relação a abril do ano passado (10.493 unidades), o resultado ficou 77,2% menor.

Na região Centro-Oeste, o recuo foi de 79,7%, passando de 3.684 bicicletas recebidas em março para 749 unidades em abril. Na comparação com abril do ano passado (4.533 unidades) a queda foi de 83,5%.

A região Norte ficou com 206 bicicletas, volume 90,5% inferior na comparação com março (2.165 unidades) e 98% menor ante as 10.069 unidades registradas em abril de 2019.

No ranking do primeiro quadrimestre, a região Sudeste ficou em primeiro lugar, com 96.955 unidades e 53,6% do volume total distribuído. Em seguida, ficaram a Sul (31.260 unidades e 17,3%), Nordeste (28.899 unidades e 16%), Centro-Oeste (13.781 unidades e 7,6%) e Norte (10.099 unidades e 5,6%).

Importação e exportação

De acordo com dados do portal de estatísticas de comércio exterior Comex Stat analisados pela Abraciclo, em abril foram importadas 732 bicicletas em todo o território nacional.

Na comparação com março, houve uma queda de 91,4% (8.495 unidades). Em relação ao mesmo mês do ano passado (3.892 unidades), o recuo chegou a 81,2%.

As bicicletas importadas em abril vieram principalmente da China (78,1%, com 572 unidades). Posteriormente aparece Taiwan (14,5% e 106 unidades). Por último o Vietnã (6,7% e 49 unidades).

A importação de bicicletas somou 22.045 unidades no primeiro quadrimestre. Dessa forma, correspondendo a uma alta de 22,2% na comparação com o mesmo período de 2019 (18.040 unidades). A maioria delas veio da China (18.645 unidades e 84,6% do total importado), seguida por Taiwan (1.560 unidades e 7,1%) e Camboja (1.021 unidades e 4,6%).

Também a partir de dados do portal Comex Stat analisados pela Abraciclo, as exportações de bicicletas brasileiras em abril somaram 15 unidades, todas destinadas à Coreia do Sul. Esse volume representa uma queda de 98% ante as 749 unidades registradas em março do presente ano e de 99,6% na comparação com abril do ano passado (3.982 unidades).

No acumulado do ano os embarques somaram 1.977 unidades. A princípio significando uma queda de 63% na comparação com o mesmo período de 2019 (5.344 unidades). Os três principais destinos foram Paraguai, com 1.142 unidades e 57,8% do volume exportado. Além de Bolívia, com 505 unidades e 25,5%, e Uruguai, com 150 unidades e 7,6% de participação.

Fonte: Abraciclo

Foto: Divulgação/Abraciclo

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