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Plano estratégico para fazer o turismo 'bombar'

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11/02/2019

Reportagem publicada pelo Jornal Acrítica

Larissa Cavalcante

Detentor de um patrimônio ambiental único, o Amazonas apresenta a necessidade imediata de diversificação econômica e o Turismo desponta como alternativa à composição de uma nova matriz no Estado. O desenvolvimento do setor demanda um plano estratégico de investimentos em infraestrutura, qualificação e promoção do destino. A Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur) realiza neste primeiro semestre, um estudo para identificar os municípios com potencial turístico no Estado com o diagnóstico, inventário da oferta e roteiros integrados.

"Para sair do feijão com arroz e preparar o turismo para ser uma das novas matrizes econômicas é necessário um plano estadual de turismo 2020-2030 para nortear todas as ações no Estado.

O plano Vitória Régia foi o último, até 2011. Será feito em conjunto com os técnicos da Amazonastur, sociedade, comunidades e municípios. O Pará e a Bahia apresentaram um grande salto no turismo por planejamento. Com o plano, a demanda começa a vir e os resultados surgem", explicou a presidente, Roselene Medeiros.

Em Números

# 16 cruzeiros Estão previstos para temporada 2018/2019. Até o início de fevereiro, 12 navios já passaram por Manaus com 13 mil turistas. De acordo com dados da Amazonastur, em média, um visitante gasta durante a passagem pela cidade cerca de U$ 203 (R$ 753).

CRUZEIROS

A temporada de transatlânticos em Manaus iniciou em outubro e vai até abril, sendo que até o início de fevereiro, já passaram pela capital 13 mil turistas em 12 navios

DESTINO MODELO

Segundo Medeiros, técnicos da Amazonastur escolheram Novo Airão, distante a 115 quilômetros (km) da capital, como município modelo pela acessibilidade, quantidade de hotéis, porta de entrada do Parque Nacional de Anavilhanas e Parque Nacional do Jaú, além do artesanato local. "O projeto pronto vai servir de modelo aos demais municípios com potencial. Parintins e Barcelos já são destinos consolidados por si só e as ações são diferentes. Precisamos aumentar o fluxo e tirar a sazonalidade. O turismo de pesca tem potencial muito além do que já pudemos identificar. Tudo precisa ser feito em parceria com a gestão municipal. O prefeito precisa querer para que dê certo", afirmou Roselene. A Amazonastur identificou que Tabatinga, a 1.106 km de Manaus, é destino de turistas estrangeiros em virtude da fronteira terrestre com Colômbia e Bolívia. Os dois países apresentam voo direto para a Europa.

CONSULTORIA

A Amazonastur vai criar um manual para o empreendedor com informações de onde buscar investimentos e orientações de acesso ao crédito. "O empresário tem que ficar ao nosso lado. É o nosso papel ajuda-lo, mostrar o caminho de como FestivaldeParintinséumadasmarcasconsolidadasdoturismonaregiãoAmazônica construir e proporcionar melhorias em infraestrutura", disse.

MALHA ÁREA

Roselene afirmou que para aumentar o número de voos se estuda estratégias como a isenção do ICMS do combustível e a criação de uma cartilha detalhando os atrativos para as companhias aéreas. "Já conversamos com a Infraero e eles estão dispostos a entrar nessa força-tarefa para atrair novas linhas aéreas para o Amazonas. Nós queremos ter uma ligação direta com a europa", disse. A companhia portuguesa TAP operou durante 18 meses o voo Manaus-Lisboa.

CRUZEIROS

A temporada de transatlânticos iniciou em outubro e vai até abril.
Até o início de fevereiro, já passaram pela capital 13 mil turistas em 12 navios.
O próximo navio chega no início de março e até o final do período mais três embarcações são aguardadas.

Conforme a Amazonastur, a maioria dos turistas são americanos, ingleses, canadenses, alemães e australianos. Com a média de tempo de dois dias, os turistas aproveitam os passeios no rio e nos pontos turísticos da cidade, um espetáculo no Teatro Amazonas e, às vezes, visitas a comunidades ribeirinhas.

Na rota de grande parte dos navios consta paradas em Parintins e na comunidade Boca da Valéria, localizada na serra parintinense.

TURISMO DE EVENTOS

De acordo com a presidente da Amazonastur, os eventos celebrados pela gestão anterior serão mantidos no calendário. "O que traz um resultado mais imediato é o turismo de eventos porque envolve mais de 50 segmentos da economia. Todo turista de eventos usa a estrutura da cidade. Vamos enfocar a captação de eventos", disse.

A Amazonastur dará prosseguimento a obra da segunda etapa do Centro de Convenções do Amazonas Vasco Vasques (CCA Vasco Vasques), orçado em R$ 40 milhões, parada desde 2015.

Blog `` GlaubéciaTeixeira

coordenadora do curso de Turismo da UEA

"O Amazonas tem um apelo ecológico de sustentabilidade muito forte e isso é uma característica bastante positiva. O desenvolvimento do turismo se alia à preservação ambiental. O Estado se orgulha de ter mais de 90% de sua cobertura vegetal preservada em função do controle de atividades como mineração e hidrelétrica, que causam impactos que, muitas vezes, não são possíveis de mitigar. Tentar a mineração no nosso Estado é uma ameaça muito grande a outras possibilidades como o turismo. A Amazônia é diferente de outras regiões do País. Não dá para pensar que o mesmo viés aplicado no Sul, Sudeste e até mesmo no Nordeste seja o que vai dar certo aqui. O turismo tem muito a ser desenvolvido e a gente vê muita dificuldade, inclusive, do próprio órgão gestor, nível estadual e municipal, de encontrar quais são as melhores estratégias de desenvolvimento. O turismo no Estado não deve se concentrar apenas na capital. Há uma série de dificuldades estruturais, elementares que precisam sersanadas".

PREFEITO DEMANAQUIRI

Jair Souto

`É preciso investirem saneamento'

Para o representante do Amazonas na Confederação Nacional de Municípios (CNM), Jair Souto, o desenvolvimento do turismo no Estado passa por investimentos em infraestrutura para que a atividade seja plenamente desenvolvida. "É preciso investir em ações de saneamento básico, saúde, hotelaria, profissionalização e alimentação que vai culminar no desenvolvimento econômico."O que nós fazemos hoje é um turismo pontual", disse.
Para o prefeito de Manaquiri, o turismo é uma alavanca fundamental para a economia do interior do Amazonas, mas o fortalecimento depende de união. "O Estado é carente de planejamento estratégico. Não podemos tratar o turismo de forma isolada, demanda o envolvimento de todos os atores", pondera.

Roberto Bulbol

PRES. ASS. BRAS. DA IND. DE HOTÉIS DO AMAZONAS

Acesso à região precisa melhorar

Nós temos muitos atrativos exóticos que só a Amazônia possui e para explorar
tudo isso temos que ter acesso. As linhas áreas ainda são muito limitadas.
Peru e Colômbia são os grandes emissores de turista. Não temos um voo Manaus-Lima, já tivemos há muitos anos esse voo pela Air France. O norte de modo geral não tem promoção de passagens e quando há é com um número reduzido. O legado e a divulgação realizada pelo Ariaú Towers nem o Ministério do Turismo fez. Tem surtido efeito e movimenta a rede hoteleira é a captação de eventos como feiras, congressos e simpósios. A ocupação no Amazonas sempre foi comercial. A Zona Franca de Manaus era um atrativo de compras em que as pessoas vinham a Manaus. Esses grandes atrativos é que temos que criar através do trabalho de parceria, movimentar todo o trade com as secretarias municipais de turismo.

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