10/06/2014
Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a produção industrial caiu 0,3% em abril ante março e recuou expressivos 5,8% sobre o mesmo período do ano passado. A queda da produção foi disseminada entre os segmentos do setor e o mau desempenho do mês levou alguns analistas a considerar que a atividade industrial corre risco recuar neste ano.
O enfraquecimento da atividade tem sido apontado como um dos motivos pelos quais o Banco Central interrompeu a elevação dos juros, mantendo a Selic em 11% ao ano. Em teoria, com um crescimento mais fraco haveria pressão menor sobre a inflação. No Focus, os analistas mantiveram a expectativa de que o juro encerre 2014 onde está e suba até 12% no fim de 2015. As estimativas para a inflação também não mudaram.
A mediana para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) seguiu em 6,47% para 2014. Para 2015 houve um ligeiro ajuste para cima e agora o mercado vê o IPCA subindo 6,03% no ano que vem, ante 6,01% na estimativa anterior. Na sexta-feira, o IBGE informou que o IPCA desacelerou para 0,46% em maio, uma taxa maior que a esperada (de 0,39%), e que levou o indicador a subir para 6,37% em 12 meses.
Enquanto a maioria do mercado manteve estimativas, os analistas Top 5 - aqueles que mais acertam as previsões - fizeram ajustes em suas projeções. A mediana de médio prazo para o IPCA neste ano caiu de 6,60% para 6,30%, mas a de 2015 subiu de 6,90% para 7,03%. A mediana para a Selic neste ano seguiu em 11,25%. A de 2015 caiu de 12,50% para 11,63%.
Após ficar estável em US$ 3 bilhões, a estimativa para o saldo da balança comercial neste ano caiu para US$ 2,25 bilhões. A projeção para 2015 seguiu em US$ 10 bilhões. Ainda no Focus, os analistas mantiveram em R$ 2,40 a projeção para a cotação do dólar no fim deste ano. Para o fim de 2015, a projeção seguiu em R$ 2,50.
Fonte: Valor Econômico