22/06/2020

Fonte: Acrítica

O economista e vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo, avalia que a indústria, para se recompor, após a pandemiadecovid-19,vai demorar cerca de 18 meses.

"Precisamos, porém, de criatividade e união. Neste estado de calamidade pública, deveríamos reivindicar redução da burocracia do poder público, e flexibilização para a retomada da produção, tão logo a covid-19 permita", disse o empresário.

Para ele, é necessário que o poder público faça investimentos em infraestrutura e retenção dos recursos aqui gerados para serem aqui investidos. Presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Azevedo ressalta que a pandemia surpreendeu a todos "Uma guerra contra um inimigo invisível.

A indústria em geral passa dias difíceis, pois com o comércio parcialmente fechado e os estoques parados, a demanda ficou completamente retraída", disse.

O Brasil tem muito a ganhar, segundo Azevedo, se substituir produtos importados da Ásia pelos fabricados pela indústria do PIM e a nacional. quebrando a dependência estrangeira para evitar interrupções na cadeia de suprimentos da indústria. "A Zona Franca de Manaus nasceu para fazer isso.

E em dado momento, acomodou-se às facilidades de comprar partes e peças de seus produtos no mercado asiático, onde foi se consolidando a cadeia global, isto é, uma
cadeia asiática de suprimentos.

Isso significa que, retendo e aplicando aqui os recursos gerados pela indústria, iremos qualificar os recursos humanos da UEA para gerar mão-de-obra na diversificação da economia", explicou.

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Recursos

A ZFM foi transformada, segundo Azevedo, em exportadora de recursos líquidos para a União."Enquanto o Estado recebe R$4,5 bilhões de recursos por ano, nós somos obrigados a recolher R$ 14,5 bilhões para os cofres federais. Esse diferencial deveria ser aplicado aqui e esta é uma guerra que temos enfrentado há 53 anos".

Somos o projeto industrial mais qualificado para substituir as importações e o Polo Industrial de Manaus mostrou total capacidade de produzir qual

VANTAGENS

Empresário Nelson Azevedo ressalta que mais do que nunca é preciso manter vantagens comparativas do Polo Industrial de Manaus quer artefato ou produto. Sofremos na pele o que significa depender em mais de 90% da cadeia asiática de suprimentos. Temos obrigação de começar a fabricar aqui a maior parte dos insumos que o PIM utiliza".

Ao comentar os impactos a longo prazo dos investimentos feitos pelas indústrias, por conta da covid-19, em saúde e segurança do trabalho, Azevedo afirma que as empresas do PIM estão dando bons exemplos de co mo recompor a capacidade produtiva e industrial.

"Além dos equipamentos de proteção individual (EPI´s), temos um projeto de respirador mecânico feito pela Moto Honda e a UEA, e outro protótipo produzido pelo Senai, Instituto Transire e o Hospital do grupo Samel. O dirigente argumenta que, mais do que nunca, devem ser mantidas ou ampliadas as vantagens comparativas do PIM, instrumento de manutenção de atividade econômica regional e nacional, considerando-se os efeitos multiplicadores a partir do modelo ZFM.

"Neste momento, o governo fez acender um sinal de alerta ao nosso modelo econômico ao editar no dia 27/05/2020 a MP nº 973 que dá os mesmos benefícios fiscais da ZFM,comumavantagem,não tem exigência do PPB, sua vigência será enquanto durar a pandemia, de qualquer forma é preocupante. É importante que todos nós estejamos envolvidos, principalmente o governo do Estado, bancada federal, Suframa e as classes empresariais".