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​PIM produziu mais de 190 mil motocicletas no primeiro bimestre

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14/03/2022

Somente no primeiro bimestre deste ano, o Polo Industrial de Manaus (PIM) produziu 190.589 motocicletas. Os dados são da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo).

A produção é 70,7% superior ao volume registrado no mesmo período do ano passado, quando foram fabricadas 111.645 unidades. A marca de 190 mil unidades havia sido alcançada no primeiro bimestre de 2020, antes da primeira onda de covid-19 no país, quando foram produzidas 194.734 motocicletas.

“O número reflete uma boa recuperação da indústria frente ao período da pandemia de covid-19. O setor começa a ficar otimista com a linha de produção aumentando o ritmo. A tendência deve continuar ao longo do ano e refletir, ainda, nos números de contratação”, afirmou a economista Bianca Rezende.

Ainda de acordo com a especialista, o crescimento de vendas das motocicletas também pode ser registrado no fim deste ano. A expectativa é de que, com o aumento na produção, a demanda pelos produtos também seja relativamente maior em comparação ao ano passado.

Além disso, a melhora do mercado externo é um fator positivo. “No ano passado, por exemplo, o Brasil enviou ao mercado externo mais de 6 mil motos”, enfatizou Bianca Rezende.

Desempenho

Em fevereiro, 107.046 motocicletas saíram das linhas de montagem do PIM. A marca representa o melhor resultado para o mês, desde 2015, quando foram produzidas 110.823 unidades. Ainda de acordo com dados da Abraciclo, o desempenho do setor foi 28,1% superior ao registrado em janeiro (83.543 unidades) e 84,5% maior na comparação com o mesmo mês do ano passado (58.014 motocicletas).

Ao avaliar os números, o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, afirma que a produção de motocicletas está em ritmo de retomada. “No primeiro bimestre de 2021 tivemos grandes dificuldades devido a segunda onda da pandemia em Manaus. Já em janeiro deste ano, a variante Ômicron afetou o ritmo da produção. Agora, a tendência é de evolução e crescimento para atender a demanda”, comenta e complementa. “Seguimos atentos, no entanto, em relação às instabilidades globais e suas consequências econômicas, que podem afetar os fluxos logísticos, o fornecimento de insumos e a produção de motocicletas”, disse.

Fermanian destacou que as associadas têm se esforçado para atender aos pedidos dos consumidores e que a tendência é que a demanda continue em alta. “O consumidor tem na motocicleta uma alternativa de deslocamento ágil e seguro, com menor custo de manutenção e que pode ser utilizado como instrumento de trabalho ou lazer. Além disso, o fator economia de combustível está levando muitos consumidores a optarem pela motocicleta no dia a dia”, explicou.

Varejo

No primeiro bimestre, foram emplacadas 163.693 motocicletas, aumento de 14,3% na comparação com o mesmo período do ano passado (143.182 unidades).

Em fevereiro, os licenciamentos somaram 74.032 unidades, o que representa uma queda de 17,4% em relação às 89.661 motocicletas registradas em janeiro. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, as vendas no varejo cresceram 29% (57.384 motocicletas).

O presidente da Abraciclo explica que a redução no número de emplacamentos é resultado do menor volume de produção de motocicletas alcançado em janeiro. “A queda na produção impacta diretamente as vendas no mês seguinte. Agora, com a retomada da produção, os números de vendas devem apresentar crescimento”.

A Street foi a categoria mais emplacada, com 35.522 unidades e 48% do mercado. Na sequência do ranking, vieram a Trail (14.119 motocicletas e 19,1% de participação) e a Motoneta (9.928 unidades e 13,4%).

Exportações

Nos dois primeiros meses de 2022, as exportações de motocicletas apresentaram leve recuo. Foram exportadas 6.643 motocicletas, número 2,7% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado (6.830 unidades).

Segundo levantamento do portal de estatísticas de comércio exterior Comex Stat, que registra os embarques totais de cada mês, analisados pela Abraciclo, os três principais destinos foram a Argentina (1.860 motocicletas e 23,3% do volume total exportado), os Estados Unidos (1.684 unidades e 21,1%) e a Colômbia (1.308 motocicletas e 16,4%).

Em fevereiro, os embarques para o mercado externo somaram 3.315 unidades, volume 0,4% inferior ao registrado em janeiro (3.328 motocicletas). Na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando foram exportadas 2.926 unidades, houve alta de 13,3%.

No ranking mensal, o Uruguai foi o principal parceiro comercial, com 1.008 unidades e 21,1% das exportações. Em segundo lugar, ficaram os Estados Unidos (922 motocicletas e 19,3% do total exportado), seguidos pela Colômbia (900 unidades e 18,8%).

Alyne Araújo, com informações da Abraciclo

Foto: Reprodução

Fonte: O Poder

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