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PIM deve fechar o ano com queda de quase 7% no número de empregos, aponta Sindmetal

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16/12/2014

Com 119,6 mil empregos efetivos, temporários e terceirizados em outubro de 2014, o Polo Industrial de Manaus (PIM) deve fechar o ano com uma queda de aproximadamente 7% no número de postos gerados, o que corresponde a 128,3 mil registrados até o mesmo período em 2013.

Apesar da baixa, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal), Valdemir Santana, acredita que em 2015 haja um pequeno crescimento na geração de empregos nas empresas do PIM.

Santana disse que o setor de duas rodas foi um dos mais afetados. “Mais de 2 mil pessoas foram demitidas no setor. Essa crise ocorre porque a maioria dos consumidores de motocicletas – que procuram as de até 150 cilindradas – utiliza o veículo para atividade econômica, caso dos motoboys e mototaxistas. Essas pessoas são autônomas e procuram as redes de financiamento para efetuar a compra, mas  grande parte desse crédito é negada,”, explicou.

O setor de CDs, que já está em crise há alguns anos, permanece em queda. A internet e a pirataria são as grandes vilãs dessa perda no segmento.

Algumas empresas adotaram uma reengenharia na contratação de pessoal, onde funcionários com mais de 30 anos de idade saem e dão lugares a outros de faixa etária inferior. Há também substituição daqueles que atuam em determinadas empresas há mais de 15 anos por  novos profissionais, que estão sujeitos, na maioria das vezes, a  menores  salários em relação aos cargos  que substituem.

Outro segmento que está em baixa na geração de empregos é o de televisores, embora algumas empresas apresentem crescimento. “Philips, Sony, Evadin e  Panasonic, que há dois anos empregavam juntas mais de 20 mil pessoas, hoje empregam apenas 4 mil. Todas elas, praticamente, perderam o mercado para a Samsung e LG. A Samsung, que empregava incialmente 2.500 funcionários, agora está com 7mil ”, concluiu o presidente do Sindmetal, que  atribui o resultado negativo à falta de investimentos e a políticas públicas.

“Muitas indústrias importam insumos e deixam de comprar materiais para embalagens de produtores locais, por exemplo, o que acaba prejudicando a economia do PIM”, disse Santana.

Crescimento


De acordo com dados da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), um dos setores que mais crescem é o mecânico, em especial o de condicionadores de ar, onde o número de empregos apresenta maior estabilidade. Em dois anos, o setor saltou de 2.200 para 11mil empregos na indústria local.

Expectativa


Apesar da crise em 2014, 2015 deve iniciar com um  pequeno crescimento  na indústria, principalmente nos setores que não estão em crise, como os de condensadores de ar e em algumas empresas de televisão. Com isso, a geração de empregos também deve apresentar melhoras nessas áreas.

Os trabalhadores que atuam no PIM e que se sentem prejudicados pela crise, estão migrando para outros setores, principalmente o de prestação de serviços e comércio.

“Os trabalhadores estão migrando para o comércio. Principalmente agora, com a inauguração de vários shoppings na capital”, revelou Santana.

Fonte: Amazonas Em Tempo

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