23/12/2014
Os números foram revelados à imprensa manauense durante jantar de confraternização realizado no sábado (20), no Clube do Trabalhador do Amazonas, com a participação de cerca de 500 profissionais do setor.
Em dólar, os subsetores que deverão apresentar variações positivas em relação ao ano passado, conforme o executivo são o metalúrgico (+6,5%), mecânico (+6%), termoplástico (+4,8%), bens de informática (+3%), relojoeiro (+2%) e químico (+0,6%).
Em contrapartida, as maiores perdas estarão concentradas nos segmentos mais fortes e tradicionais carros-chefes do PIM: duas rodas (-11,5%) e eletroeletrônico (-5%).
“São os mais desenvolvidos, de maior faturamento, maior capacidade produtiva e maior geração de emprego. Então, é de se imaginar que desempenho fraco de um deles afeta de forma grave o resultado de todo o parque industrial do Estado”, lamentou Antonio Silva.
Com relação à média anual de empregos no PIM, o executivo estimou um corte de mais de 7.000 vagas, o que deve levar ao fechamento do ano com 119 mil postos de trabalho, queda de 6% em relação à média apurada no ano passado.
Para Antonio Silva, as exportações do Polo deverão também apresentar queda ao final de 2014. Essa diferença é estimada em mais de 8%, totalizando perto de US$ 791 milhões. Quanto às importações, ele estima uma retração de aproximadamente 27% em relação a 2013, projetando-se um montante de US$ 11.8 bilhões de importação de componentes e insumos industriais.
Perspectivas para 2005
O presidente da Fieam avalia que o país terá que trabalhar uma ampla agenda macroeconômica, com o fortalecimento da indústria, incentivo às exportações e maior investimento em infraestrutura, entre outras prioridades, para voltar a crescer de forma sustentada em 2015.
As projeções são de um ano ainda com graves problemas econômicos para o país. “Pelo menos até o primeiro semestre, muito embora acreditemos numa recuperação lenta, mas constante. A partir do segundo semestre, vislumbramos melhoras significativas, na expectativa de que medidas corretivas sejam adotadas na condução da política econômica, e que o mercado internacional apresente também recuperação mais consistente”, ponderou.
O dirigente avalia como importante para a Zona Franca de Manaus e para o Amazonas a indicação do senador Armando Monteiro Neto para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
“O Armando já foi presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), é conhecedor do nosso modelo de desenvolvimento e, por certo, se constituirá num aliado importante para vencermos os entraves que ainda impedem o nosso crescimento”, afiançou.
O dirigente defende que é fundamental priorizar soluções que livrem a região dos gargalos de infraestrutura logística, por meio de discussão de alternativas.
“No que nos couber, através da Federação e com o apoio dos sindicatos patronais filiados, estaremos envidando todos os esforços para defender os interesses da classe produtora, a fim de que 2015 seja promissor, com crescimento de investimentos, produção e geração de empregos”, concluiu.
Fonte: Amazonas Em Tempo