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PIM contribui para recuo na atividade econômica do país

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19/11/2014

A queda da produção industrial na ZFM (Zona Franca de Manaus) foi fator determinante para a retração de 0,7% na atividade econômica de junho a agosto na região Norte. Com dificuldades na indústria, o Norte e o Nordeste puxaram o recuo da atividade econômica entre junho e agosto. As duas regiões foram as principais responsáveis pelo recuo de 0,7% do IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil) no período, de acordo com o Boletim Regional, divulgado ontem em Florianópolis.

De acordo com o presidente do Cieam (Centro das Indústrias do Estado do Amazonas), Wilson Périco, a redução da atividade industrial no Polo Industrial de Manaus e, por consequência, em toda a região norte é reflexo do mercado, aliado a uma produção mais forte na segunda metade de 2013. “O setor de duas rodas se mantém em queda e o eletroeletrônico também não se recupera, principalmente se compararmos com o segundo semestre do ano passado, quando o setor eletrônico tinha uma atividade forte por causa da produção de televisores para a Copa do Mundo. Neste ano esta sazonalidade se deslocou para o primeiro semestre”, lembrou Périco.

A menor atividade econômica na região norte, no entanto, não teve impacto no mercado de trabalho. No período, houve aumento na criação de empregos formais na região. O presidente do Cieam ressalta, no entanto, que este resultado positivo na geração de empregos do Norte não reflete a realidade amazonense. “O emprego na indústria no Amazonas deve fechar abaixo do ano ano passado”, destacou.

Apesar dos números negativos da região Norte, a maior queda foi registrada no Nordeste, com recuo de 1,1% período. Segundo o relatório, a queda da produção industrial (principalmente nos setores de vestuário e de produtos alimentícios) e das vendas no varejo foram as principais responsáveis pela retração no nordeste. A redução dos desembolsos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para a região também interferiu na atividade econômica.

Para o BC, com dificuldades na indústria, o Norte e o Nordeste juntas puxaram o recuo da atividade econômica no trimestre. As duas regiões foram as principais responsáveis pelo recuo também de 0,7% do Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil (IBC-Br) no período.

Outras regiões No Sul, o índice de atividade econômica regional ficou praticamente estável, com queda de 0,1% no trimestre. Segundo o BC, a estagnação refletiu o desempenho da indústria e do comércio, em linha com a acomodação dos níveis de emprego na região.

Ao contrário das três regiões, o Sudeste e o Centro-Oeste apresentaram crescimento entre junho e agosto. No Sudeste, o índice teve aumento de 0,1%. O ritmo modesto da atividade econômica foi provocado pelo menor dinamismo do comércio varejista, setor de serviços e mercado de trabalho.

Na contramão das demais regiões, o Centro-Oeste apresentou crescimento expressivo no trimestre encerrado em agosto. O índice regional aumentou 1,3%, contra alta de 0,5% no trimestre anterior, terminado em maio. O BC informou que a indústria de transformação e a agricultura contribuíram para intensificação do crescimento econômico na região.

Para evitar a influência de oscilações típicas de determinadas épocas do ano, todos os índices são desassonalizados. Dessa forma, fatores como a safra do meio do ano e o aumento da produção industrial em agosto, motivado pelas encomendas de Natal, foram expurgados dos números finais.

Apesar da queda na maioria das regiões, o BC considera que haverá expansão moderada da atividade econômica nos próximos trimestres. No Norte, ela será estimulada por investimentos em infraestrutura e no setor mineral. No Nordeste, a recuperação da agricultura e a sustentação da demanda pelos programas de transferência do governo federal ajudarão a economia a apresentar leve crescimento.

No Sudeste, a alta das exportações tende a favorecer a expansão moderada da atividade econômica. O aumento das vendas externas, aliado a projetos de investimentos, deverá impulsionar o ritmo da economia no Sul. No Centro-Oeste, de acordo com o Banco Central, o crescimento deve se fortalecer ainda mais, impulsionado pelo aumento da safra.

Fonte: JCAM

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