04/09/2015
"Além da crise que enfrentamos, o novo problema deverá causar demissões em algumas empresas do segmento", alertou o dirigente, ao apontar, como exemplo, a grave situação da indústria de duas rodas. As empresas reduziram o ritmo da produção com a queda nas vendas pelo corte do crédito, além do desestímulo provocado pela alta dos juros, o desemprego e a incerteza nos rumos da economia do País.
De acordo com o presidente do sindicato, a 'greve branca' já ocasionou redução no número de linhas de produção no terceiro turno pela demora na liberação de insumos e componentes para atender as linhas de produção.
O dirigente anunciou que as empresas que, antes operavam pelo canal verde, um tipo de desembaraço aduaneiro mais rápido e sem burocracia, agora estão liberando pelo canal vermelho, o que demanda mais de 20 dias, em prejuízo das operações industriais, com redução da produção.
A Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) apontou queda de 12% na produção do motocicletas nos sete primeiros meses do ano. Pelos dados mais recentes, foram fabricadas 799.981 motos, em 2015. No mesmo período do ano passado foram 908.947 unidades.
Na comparação mensal, julho registrou queda de 13% em relação a junho, passando de 116.933 para 101.721 motos, além de um decréscimo de 25,2% frente a julho de 2014 (136.004).
As vendas no atacado para concessionárias também retraíram 9,3% em relação ao mesmo período de 2014. Quando comparado aos resultados de junho, a queda foi de de7,3%.
Assembleia
Em assembleia na tarde desta quinta-feira, a Delegacia do Amazonas do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais (Sindifisco) decidiu rejeitar a proposta do governo federal de reajuste salarial de 21,3% dividido em quatro anos. Os auditores recebem salário inicial de aproximadamente R$ 15 mil reais para jornada de 40 horas semanais.
"Todos rejeitaram a proposta", informou o segundo vice-presidente da Delegacia do Sindifisco no Amazonas, Eduardo Toledo de Assis. De acordo com o líder sindical, aproximadamente cem dos 250 auditores lotados em Manaus participaram da assembleia.
Com a decisão, os auditores permanecem com os computadores desligados nas terças e quartas-feiras, o que afeta o lançamento de multas e, na quinta-feira, deixam de efetuar o desembaraço de mercadorias, o que reduz o abastecimento de componentes e insumos para as indústrias instaladas em Manaus.
Desde o mês passado, em todo o País, os auditores estão entregando cargos de chefia como forma de pressionar o governo. Mais de 2 mil cargos já foram entregues, segundo o sindicato.
Fonte: Portal D24am.com