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PIM avalia suspender contratos de trabalho, medida inédita com a crise

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01/06/2015

O agravamento da crise no Polo de Duas Rodas levou empresas que fornecem componentes para as grandes fabricantes a estudar a adoção do 'lay off', medida inédita no Polo Industrial de Manaus (PIM), com a suspensão temporária dos contratos de trabalho, alternativa para evitar o fechamento de mais vagas. A informação é do presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Manaus (Sinmen), Athaydes Mariano Félix.

De acordo com o dirigente, algumas empresas estão pensando em recorrer a esse dispositivo, mas salientou que esta deve ser uma das últimas opções das fábricas, em sua maioria formada por fornecedores de peças. Para evitar as demissões, segundo Félix, as empresas buscam alternativas, que incluem até a conquista de novos mercados para compensar as perdas no Brasil. "Primeiro, vem férias coletivas, depois, o foco no mercado externo, mas o lay off também é uma opção. Algumas empresas estão estudando isso", admitiu Félix.

Demissões


Até abril, a indústria de transformação do Amazonas demitiu 21,3 mil trabalhadores e contratou apenas 16,7 mil, segundo os últimos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

O 'lay off' é um dispositivo previsto no Artigo 476 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e consiste na suspensão do contrato de trabalho do funcionário, que passa a receber o seguro-desemprego do governo, mais a complementação do salário por parte da empresa. Durante o período de vigência do acordo, que não pode ultrapassar cinco meses, o trabalhador deve fazer cursos de qualificação.

O presidente do sindicato patronal acrescentou que as últimas reuniões do Sinmen com as fábricas vão discutir os detalhes em torno das férias coletivas concedidas pelo setor. Segundo Félix, esta é outra alternativa para adequar os elevados estoques à demanda, principalmente das montadoras de motocicletas.

O recurso do 'lay off' foi utilizado, recentemente, pela montadora GM, localizada em São Caetano do Sul (SP), que também enfrenta problemas de queda nas vendas e estoque alto de automóveis. Na unidade da fabricante da marca Chevrolet, o futuro de mais de 800 funcionários que tiveram os contratos suspensos ainda é incerto, sendo que este número deve chegar a 900, segundo o sindicato da categoria.

Empresas vão dar férias para 35 mil


Em meio à redução da produção e estoques altos, as empresas devem dar férias coletivas para 35 mil trabalhadores, entre junho e julho, de acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Manaus (Sindmetal), Valdemir Santana. Segundo o dirigente, serão cerca de 20 empresas, a maioria de Duas Rodas.

A Moto Honda negou que as férias sejam para ajustes de estoques ou tenham relação com a crise, pois seguem uma programação estabelecida. Só 10% dos 7 mil empregados continuarão na ativa.

Em nota, a Yamaha informou "que realizará, normalmente, as férias coletivas da empresa, que acontece todos os anos". Segundo a montadora, neste ano, a parada será de 29 de junho a 8 de julho e finalizou afirmando que "não há alterações previstas no plano da companhia", diz o texto.

Fonte: Portal D24am.com

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