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PIB tem nova queda e agrava recessão no país

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02/12/2015

O Produto Interno Bruto (PIB) caiu 1,7% no terceiro trimestre deste ano, na comparação aos três meses imediatamente anteriores, para R$ 1,481 trilhão, informou ontem (1º) o IBGE. O resultado é pior do que a expectativa de economistas consultados pela agência internacional Bloomberg, de queda de 1,2% do PIB no período. Trata-se do terceiro trimestre consecutivo de queda do PIB, a mais longa sequência desde o ano de 1990, quando o governo Collor confiscou o dinheiro depositado na caderneta de poupança para tentar conter a hiperinflação.

O PIB já havia caído 0,8% no primeiro trimestre e 2,1% no segundo trimestre, na comparação com os três meses anteriores, segundo dados revisados pelo IBGE. A economia entra tecnicamente em recessão depois de retrair por dois trimestres seguidos. Segundo Claudia Dionísio, gerente de Contas Nacionais Trimestrais do IBGE, o resultado do PIB reflete a fraqueza da demanda interna brasileira, afetada pela piora do emprego e renda, crédito mais restrito, inflação mais alta. "Estamos vendo assim taxas mais negativas na economia", disse. Isso faz da queda no Brasil a mais longa e a mais forte de 41 economias globais que já divulgaram dados do PIB referentes ao período de julho a setembro.

Pela avaliação da Fundação Getúlio Vargas (FGV), entretanto, a recessão começou há ainda mais tempo, no segundo trimestre de 2014, quando houve uma piora geral dos indicadores econômicos. Segundo a estimativa de economistas consultados pelo Banco Central, o recuo em 2015 como um todo deve ser de 3,2% e, em 2016, de 2% - as previsões têm piorado semanalmente. Agropecuária O setor agropecuário contribuiu negativamente para o PIB, uma das surpresas da divulgação, com baixa de 2,4% na passagem do segundo para o terceiro trimestre. Frente ao mesmo período do ano passado, a queda foi de 2% Os dados revisados também apontam para um recuo ainda maior da agropecuária no segundo trimestre.

O valor anterior, de 2,7% de queda, foi ampliado para 3,5%. Recuo Quando comparado ao mesmo período de 2014, o PIB teve recuo de 4,5% de julho a setembro. A economia recuou 3,2% no ano e 2,5% no acumulado de quatro trimestres (12 meses). Nesta base de comparação, foi a queda mais intensa da série histórica da pesquisa, iniciada em 1996, considerando todos os trimestres. E também a sexta queda consecutiva, a maior sequência da série histórica. A queda é maior do que aquela esperada para o período por economistas consultados pela agência internacional Bloomberg, de 4,2%.

No acumulado do ano, o PIB encolhe 3,2%, a maior queda da série histórica, de 1996. No acumulado de quatro trimestres (12 meses), a economia teve uma queda de 2,5%. A economia brasileira sofre com uma combinação de fatores, desde a perda de dinamismo do crescimento econômico global até a conta de anos de uma política econômica que fragilizou as finanças públicas. A crise política também não dá trégua. Os principais componentes do PIB tiveram queda neste terceiro trimestre. Pelo lado da demanda, o consumo das famílias recuou 1,5% e os investimentos tiveram queda de 4% frente aos três meses anteriores. Pela ótica da oferta, a indústria teve uma baixa de 1,3% no mesmo tipo de comparação.

Fonte: Amazonas Em Tempo

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