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Périco propõe alternativas para o Estado deixar de ser ‘refém’ econômico

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05/08/2016

“O Estado do Amazonas não pode continuar refém da capital, precisamos desenvolver novas matrizes econômicas”. A afirmação é do presidente do Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, convidado desta edição do Grupo de Estudos Estratégico da Amazônia (Geea) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/Mctic).

Segundo Périco, hoje o modelo industrial do Estado do Amazonas é focado em três setores, o eletroeletrônico, duas rodas e bens de informática. “Temos apenas quatro produtos que sustentam as atividades socioeconômicas do nosso Estado, e neste momento de crise econômica e política que o país vive a instabilidade se instala na Zona Franca de Manaus. Daí, a grande necessidade de reinventar e aprimorar o modelo econômico”, alertou Périco, acrescentando que os níveis de produção e consumo tem diminuído muito. “Tudo isso é muito danoso para a economia, sobretudo porque acarreta desemprego em todas as áreas, a começar na indústria”.

Ainda de acordo com Périco, o modelo econômico do Estado precisa se aliar ao senso de preservação, mas sem se deixar levar pelo ambientalismo inflexível. “Precisamos dos recursos da floresta, mas evidentemente devemos utilizar de modo inteligente as boas técnicas de manejo, como fazem os países desenvolvidos, sendo exemplo disso o Canadá”, disse o economista, salientando a importância de desenvolver tecnologias locais e estratégias de aproveitamento dos recursos naturais para desenvolver o interior, ainda totalmente dependente da capital.

Dentre as discussões da reunião foi colocado por alguns pesquisadores esta questão sobre os investimentos no interior do Amazonas. Périco explicou que o Governo conta com repasses da Indústria para o desenvolvimento do interior e para o Turismo (FTI). “Além de contar com repasses para o desenvolvimento de micro e pequenas empresas (FMPES) e também com repasses para a Universidade do Estado (UEA)”, disse o presidente, acrescentando que a sociedade organizada precisa participar mais ativamente para que a Amazônia possa conquistar de fato o desenvolvimento sustentável.

O palestrante também citou a academia e os institutos como parceiros do setor industrial para aprimorar o a nova matriz econômica. “As universidades e os institutos de pesquisa da Amazônia podem oferecer o conhecimento necessário para desenvolvermos essas novas matrizes econômicas, podem discutir e viabilizar as alternativas para minimizar possíveis impactos ambientais e também contrapartidas caso algum impacto seja inevitável”, sugeriu Péríco.

Como alternativa para o desenvolvimento do interior do Amazonas foi colocado pela pesquisadora do Inpa, Ires Paula a questão do incentivo fiscal para as empresa investirem mais no interior do Amazonas. “Essa questão também é fruto de discussão e elaboração de um plano para o Estado, um plano de Governo para 10, 20, 30 anos para que assim possamos definir quais os níveis de benefícios e incentivos poderiam ser oferecidos”, finalizou o presidente da Cieam.

Para o diretor do Inpa, o pesquisador Luiz Renato de França, é preciso planejar a longo prazo. “O Inpa pode participar desta matriz da Zona Franca, mas precisamos focar ainda mais na Amazônia e no país como um todo. Não podemos deixar a ZFM acabar para depois pensar em outro modelo econômico, temos que fazer o modelo de transição agora”, comentou o diretor ressaltando que é preciso diálogo entre o Inpa, Suframa e o Governo, “precisamos discutir várias vertentes e uma delas é nosso instituto continuar tendo condições de fazer investimentos na pesquisa”, completou.

Fonte: Portal do Holanda

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