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Pedalando pela recuperação no ano

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16/05/2017

Reportagem publicada no Jornal do Commercio

As fabricantes de bicicletas do PIM (Polo Industrial de Manaus) registraram queda de 17,4% na produção em abril, em relação ao mês anterior. Quando comparado a igual período de 2016 o crescimento foi de 1%, segundo dados divulgados ontem pela Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares). Em meio ao cenário de retração, as empresas buscam meios para conseguir escoar os produtos mantidos em estoque, fabricados no último ano. Ao mesmo tempo, algumas fabricantes do PIM (Polo Industrial de Manaus) apostam na fabricação de novos modelos, com lançamentos previstos para o segundo semestre deste ano.

Conforme a Abraciclo, em abril deste ano foram produzidas 49.275 bicicletas, na capital, quantitativo 17,4% menor do que o registrado em março, com 59.649 unidades. Em abril de 2016 foram fabricados 48.785 produtos, o que corresponde ao crescimento de 1%.

No acumulado do ano, o índice acumula queda de 1,2%, passando de 197.744 unidades entre janeiro e abril de 2016, para 195.372 unidades nos primeiros quatro meses do presente ano.

Na avaliação do vice-presidente do Segmento de Bicicletas da Abraciclo, João Ludgero, a redução no volume produtivo é decorrente do menor período de dias úteis trabalhados, ocasionado pelos feriados de páscoa e de tiradentes. Ele ainda frisou que o leve crescimento de 1% quando comparado a abril de 2016 pode ser considerado como um sinal de retomada produtiva.

"A produção de bicicletas teve retração em abril basicamente em função do menor número de dias úteis, decorrente dos seguidos feriados. Todavia, na comparação com o mesmo mês de 2016, observa-se uma estabilidade com tendência de evolução (1%), o que é um sinalizador interessante para o desenvolvimento dos negócios do segundo semestre deste ano", afirma.

De acordo com o vice-presidente da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), Nelson Azevedo, as empresas estão com estoques abastecidos por bicicletas fabricadas no período de preparação do comércio para os jogos olímpicos. Porém, a expectativa de vendas não foi superada e a meta, agora, é escoar esses produtos.

"A produção de bicicletas ainda sofre os reflexos do período das Olimpíadas, quando houve maior fabricação, mas sem volume expressivo de vendas. Agora, as indústrias reduzem o ritmo produtivo e buscam vender o que está estocado", explicou.

Segundo Azevedo, os números apontam para uma redução na queda produtiva. Ele acredita que a partir do segundo semestre o volume produtivo volte a estabilizar com esperança de crescimento.

"A tendência a partir de agora é estabilizar o volume produtivo e quem sabe, haver uma recuperação. O problema político e econômico nacional pelo qual o país passa reflete fortemente no consumo porque a população se retrai com receio do desemprego. Por outro lado, o investidor 'bota o pé no freio'".

Como alternativa ao cenário de baixa demanda, a empresa Sense Bike aposta no lançamento de novos modelos de bicicletas elétricas e de convencionais. A apresentação dos novos modelos está prevista para o segundo semestre.

Segundo o gerente da Sense Bike em Manaus, Joel Silva, no mês de abril a empresa registrou uma leve redução no volume produtivo gerado pela readequação das linhas de produção para a fabricação dos novos modelos. As novas produções iniciaram há duas semanas.

A indústria espera ter crescimento de 40% na produção nos próximos meses. "Precisamos reduzir a produção para fazer as devidas mudanças nos maquinários e linhas produtivas, daí o menor volume fabricado em abril. Mas a partir deste mês projetamos crescer 40% na fabricação. No contexto geral, a redução na demanda é reflexo da instabilidade econômica e política do cenário nacional, o que faz com que as pessoas se sintam inseguras de fazer qualquer aquisição", disse. "Apostamos no lançamento de novos modelos. Esse é o padrão que queremos seguir para fortalecer a marca no mercado", completou.

Expectativa da Abraciclo

Para o segundo semestre, a Abraciclo estima que sejam produzidas entre 700 mil e 800 mil bicicletas, volume cerca de 19% superior ao produzido em 2016, quando 669.729 bicicletas deixaram as linhas de produção das fabricantes instaladas no PIM.

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