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Pavimentação da BR-319, o grande desafio de Wilson Lima

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03/04/2023

VANESSA PIMENTEL

O governador do Amazonas, Wilson Miranda Lima (União Brasil), estará presente na edição deste ano do Norte Export - Fórum Regional de Logísca, Infraestrutura e Transportes, que será realizado hoje (3) e amanhã (4), em Manaus. E entre os assuntos previstos para ele abordar em sua apresentação certamente estará a pavimentação da BR-319, que liga a capital amazonense a Porto Velho (RO).

Reeleito nas eleições realizadas no fim do ano passado, o chefe do Execuvo estadual já estabeleceu esse serviço como prioridade no setor de infraestrutura para este ano. Para se ter uma ideia da importância da BR-319, ela é a única que conecta por terra o Amazonas ao restante do país. Avia tem 885 km de extensão e atravessa o coração da Floresta Amazônica. Mas é justamente isso que tem provocado frequentes impasses há décadas.

O projeto é duramente cricado devido ao impacto ambiental, ao mesmo tempo que é esperado por diversos setores pelos ganhos econômicos e logíscos que geraria. Atualmente, quase metade da BR-319 fica impossibilitada de receber veículos devido à lama na época das chuvas, período que geralmente dura seis meses. Os únicos trechos asfaltados ficam próximos às capitais.

Wilson Lima estará entre as autoridades reunidas na solenidade de abertura, às 18 horas (no fuso horário de Manaus, uma hora antes do horário de Brasília). Realizado pela primeira vez no estado, o evento vai debater, entre diversos temas, o desenvolvimento sustentável dos setores portuário, logístico e de transportes na Região Norte do Brasil.

Confira a entrevista exclusiva de Wilson Lima ao BE News sobre alguns pontos que serão debados durante o Norte Export, como a Zona Franca de Manaus e o porto da cidade.

Para o senhor, quais são as maiores demandas do Estado em relação ao setor de transporte rodoviário? O Amazonas tem características que demandam fortes invesmentos para solucionar essa questão de infraestrutura.

Temos distâncias connentais e uma geografia com predominância de rios, que tornam o deslocamento na região mais complexo. No que diz respeito ao transporte rodoviário, nossa prioridade para este ano é avançar, junto ao Governo Federal, na questão da pavimentação da BR-319.

Em paralelo, estamos trabalhando para entregar os Anéis Sul e Leste, em Manaus, que se trata da maior obra de mobilidade urbana da capital, com 27 quilômetros de extensão e que vai reduzir o tempo e o custo do transporte de insumos e produtos industrializados, interligando o Distrito Industrial ao Aeroporto Internacional Eduardo Gomes e às Rodovias AM-010 e BR-174.

Também connuamos com a obra de revitalização e modernização da AM-010, que liga Manaus ao município de Itacoatiara, além da recuperação de ramais, rodovias estaduais e sistemas viários em todo o Amazonas.

Quando se pensa em escoamento da produção do estado do Amazonas, qual o maior desafio? Nossa ligação com o restante do Brasil se dá pelos modais aéreo e fluvial, o primeiro sendo mais caro, e o segundo, mais demorado, e isso também impacta nos custos. Isso explica, inclusive, nossa necessidade de manter as vantagens comparavas da Zona Franca de Manaus, que é o modelo econômico mais bem sucedido da região e que mantém a cobertura natural da Floresta Amazônica no estado 97% preservada.

Além de, novamente, reforçarmos a prioridade para a resolução da trafegabilidade da BR-319. Temos grande expectava de que esta pauta avance, com o Governo Federal colocando a rodovia na lista de obras prioritárias.

Internamente estamos trabalhando para melhorar as condições de escoamento. Em Manaus, por exemplo, temos uma grande obra de infraestrutura para tornar mais célere e mais seguro o transporte de mercado rias das indústrias, interligando o Distrito Industrial ao Aeroporto Internacional Eduardo Gomes e às Rodovias AM-010 e BR-174.

Também estamos recuperando as rodovias estaduais. Entregamos em 2021 a AM-070, totalmente duplicada, melhorando o escoamento da produção de municípios como Manacapuru, Iranduba e Novo Airão. Temos a obra da AM-010, que há 40 anos não recebia um trabalho de recuperação e que conecta Manaus a Itacoaara, onde temos um importante porto privado, por onde passam produtos que saem do estado para o restante do país.

A AM010 também interliga Manaus ao município de Silves, onde está instalado o Campo do Azulão e de onde é extraído gás natural, comercializado para outros estados.

Outra obra realizada pelo nosso governo foi o Anel Viário de Humaitá, no sul do Amazonas, importante via para a exportação de grãos produzidos na região. Quais as expectavas da sua gestão em relação à Zona Franca de Manaus e ao Porto de Manaus?

Nossa Secretaria de Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inova ç ão (Sedec), da Fazenda (Sefaz) e a Procuradoria Geral do Estado (PGE) têm parcipado de reuniões estratégicas sobre a reforma tributária para que a gente consiga manter o nosso modelo industrial compevo na ZFM.

Em relação ao Porto de Manaus e ao transporte hidroviário de passageiros, temos um projeto de revitalização do porto, na área conhecida como Manaus Moderna, que está em fase de elaboração pela Superintendência Estadual de Navegação, Portos e Hidrovias (SNPH). Entre as melhorias a serem feitas está prevista a construção de mais 400 metros de cais flutuante, para receber as embarcações estaduais, novos berços de atracação, além da reavação dos armazéns que, hoje, encontram-se ociosos.

Ainda no que diz respeito ao transporte hidroviário, em 2021 sancionei a Lei nº 5.604, que disciplina o Serviço Público de Transporte Hidroviário Intermunicipal de Passageiros e Cargas, atribuindo à Agência Reguladora dos Serviços PúblicosDelegadoseContrat a d o s do Estado do Amazonas (Arsepam) a competência de regular, controlar e fiscalizar o modal.

A medida marcou um momento histórico para o estado pois, apesar dos rios serem os principais meios de locomoção da população, pricipalmente no interior, o setor nunca havia sido regulamentado.

Quais os principais projetos do Governo Federal voltados à Zona Franca? Hoje nossas conversas giram, em grande parte, em torno da reforma tributária e dos possíveis impactos ao modelo. Seguimos trabalhando para mantermos as vantagens comparavas da ZFM e avançarmos em outras pautas.

Sabemos do potencial bioeconômico que temos no Amazonas, mas ainda há um longo caminho para aproveitarmos da melhor maneira possível essa riqueza.

Temos trabalho, com responsabilidade, entendendo a necessidade de foco na sustentabilidade, sem também esquecer do homem que vive na floresta. Também gostaria de destacar o reforço aos trabalhos do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA).

Fortalecer esse setor é uma das prioridades da nossa gestão. Entendemos que a economia verde é a economia do futuro e vamos atuarpara isso.

Fonte: Be News

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