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Pauta de R$ 1,8 bilhão no CAS

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24/02/2021

Fonte: Jornal do Commercio

O CAS está abrindo o ano com uma pauta reforçada de investimentos, embora o mesmo não possa ser dito a respeito da expectativa de criação de empregos. Em sua 296ª Reunião Ordinária, o Conselho de Administração da Suframa avalia, nesta quinta (25), uma pauta de 32 projetos industriais e de serviços –nove de implantação e 23 de atualização, diversificação ou ampliação. No total, as propostas somam mais de R$ 1,8 bilhão em aportes produtivos e preveem a geração de 1.297 postos de trabalho.

Convertida em dólares (US$ 330 milhões), a soma de capital produtivo prevista pelos 32 projetos a serem apreciados amanhã pelos conselheiros, é 75,53% superior à registrada na primeira reunião de 2020 (US$ 188,7 milhões), ocorrida em 20 de fevereiro daquele ano, período em que Manaus e o Brasil ainda não estavam no mapa da pandemia. A quantidade de empregos previstos, no entanto, sofreu redução de 6,01%, entre as reuniões de 2020 (1.380) e de 2021 (1.297).

Entre os nove projetos de implantação, um dos destaques vem da Compal Eletrônica da Amazônia, que pretende fabricar placas de circuito impresso montada (de uso em informática), com aporte de R$ 237 milhões e geração de 212 postos de trabalho. Outra iniciativa importante vem da Sea Film Indústria de Resinas Plásticas da Amazônia Ltda, que planeja produzir chapa, folha, tira, fita, película de plástico (exceto a de poliestireno expansível e a auto-adesiva) e resina termoplástica extrudada (na forma de grânulos), com R$ 6 milhões de capital e 119 trabalhadores.

Já a RD-Tronics Indústria e Comércio de Componentes Eletrônicos Ltda mira principalmente em componentes para o polo de duas rodas. A empresa quer fabricar fios e cabos com conectores para máquinas e aparelhos dos capítulos 84 e 85 da NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul), condutores elétricos (chicotes) com peças de conexão para ciclomotores, motonetas, motocicletas, triciclos e quadriciclos e cabos de força com peças de conexão, com previsão de investimentos de R$ 17 milhões e geração de 89 postos de trabalho.

Leque e foco

O presidente do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas) e do Sinaees (Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares de Manaus), Wilson Périco, diz que é preciso cumprimentar a Suframa e o próprio Ministério da Economia por ambos manterem a agenda regular do CAS. Para o dirigente, o próprio fato de as reuniões serem mantidas, assim como o volume crescente de investimentos, mostram a relevância e pujança da ZFM, comprovando que o modelo ainda é uma “grande alternativa” para atração de capital produtivo no Brasil. Périco ressalva, contudo, que faz-se necessário ampliar o leque de produtos do PIM e manter o foco nos que já são fabricados aqui.

“Com relação aos projetos, temos diversificação e ampliação de alguns produtos, como é comum. Mas precisamos efetivar ações e medidas para novos investimentos que visem produzir o que não fazemos hoje. Infelizmente, a manifestação e decisão do Ministério da Economia, com relação ao Imposto de Importação de bicicletas, veio na contramão disso. Faz o i n v e s t i d o r pensar: ‘para que vou me instalar no Brasil, se vão permitir importação? Daqui a pouco, pode ser que aconteça o mesmo com o meu produto...’ Mas, acho que a reunião é bastante positiva e mostra a força do modelo na geração de riqueza e empregos e na alavancagem da atividade industrial do país”, ponderou.

Cadeia produtiva

Na mesma linha, o vice-presidente da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas) e presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, M e c â n i c a s e de Material Elétrico de Manaus), Nelson Azevedo, também destacou como positivo o fato de que a Suframa tenha conseguido manter a regularidade das reuniões bimestrais do CAS e também concorda que os projetos contemplados na pauta da 296ª reunião confirmam a vitalidade da Zona Franca de Manaus. “Isso significa que, passados esses 54 anos de sua criação, e apesar de todas as dificuldades, nosso modelo ainda é foco de investimentos internacionais, sendo aquilo que ainda salva nossa economia. A maior presença de componentistas é uma boa notícia, porque fortalece nossa cadeia produtiva e reduz nossa dependência de outros países. E o fato de que os investimentos aumentaram confirma que seguimos em um processo de recuperação, após o período de estagnação pelo qual passamos. Temos muitas esperanças de que as coisas vão melhorar”, arrematou.

Comemoração sóbria

Além de apreciar os projetos, a reunião do CAS marcada para amanhã também deve inaugurar a programação de comemoração dos 54 anos da Suframa e do modelo Zona Franca de Manaus, a serem completados, oficialmente, neste domingo (28). Segundo a autarquia, a programação se estenderá ao longo dos próximos dias, inclusive com a realização de culto ecumênico, entre outras ações festivas.

Em texto distribuído por sua assessoria de imprensa, o titular da Suframa, Algacir Polsin, salienta que, embora a pandemia exija prudência, a autarquia buscará realizar uma programação com “bastante sobriedade” e “discrição” para ressaltar e homenagear os trabalhos e ações diversas em prol do desenvolvimento da Amazônia Ocidental (Estados do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima) e dos municípios de Macapá e Santana (ambos no Amapá).

“Sabemos o quanto a Suframa tem sido de fundamental importância para o desenvolvimento de toda a região e não podemos deixar o dia 28 de fevereiro passar em branco. É uma ocasião oportuna para refletirmos sobre as conquistas alcançadas ao longo das últimas décadas e ganharmos ainda mais fôlego para superar os inúmeros desafios que temos pela frente”, finalizou Polsin.



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