16/05/2014
Esse crescimento, avalia o estudo, é resultado dos aumentos persistentes no Coeficiente de Penetração de Importações na indústria de transformação, segmento em que o indicador subiu de 20,5% no final de 2013 para 20,9% no primeiro trimestre deste ano. No mesmo período, o coeficiente de importações na indústria extrativa caiu de 57,5% para 54,9%.
Entre os 23 setores da indústria de transformação pesquisados, o coeficiente de penetração de importações caiu apenas nos de farmoquímicos e farmacêuticos e no de outros equipamentos de transporte (navios, reboques, aviões e outros). As maiores altas do indicador foram registradas nas indústrias de veículos automotores, produtos diversos, vestuário, têxteis e produtos de metal.
"O avanço da participação das importações não faz parte de uma estratégia das empresas. É mais um indicador que confirma a falta de competitividade da indústria brasileira. Com baixa produtividade e custos elevados, a indústria nacional está perdendo mercado interno e externo", avalia o gerente executivo da Unidade de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca.
Ele destaca que, enquanto o coeficiente de penetração das importações aumentou, o de exportações ficou estável e só não caiu por causa da desvalorização do real frente ao dólar no primeiro trimestre. Ouça o que ele diz:
Exportações e câmbio
O coeficiente de exportação, que mede a importância das vendas externas no valor da produção da indústria, ficou em 19,8% no primeiro trimestre, praticamente igual aos 19,7% do final do ano passado. "Os coeficientes da indústria extrativa e da indústria de transformação têm observado comportamentos distintos", diz o estudo, elaborado em parceria com a Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex). Na indústria extrativa, o indicador caiu 1,4 ponto percentual em relação ao último trimestre de 2013. Na indústria de transformação, o coeficiente ficou estável, em 16%.
"O valor das exportações de produtos industriais em dólares no primeiro trimestre deste ano é menor que o observado no último trimestre de 2013 (redução de 1%). Contudo, a desvalorização do câmbio impediu a queda do coeficiente. Em reais, as exportações aumentaram 2,6%", informa o estudo trimestral.
Fonte: Portal da Indústria (CNI)