14/04/2014
No entanto, cobram dos parlamentares mais discussões sobre novas matrizes econômicas, com a finalidade de livrar o Estado da dependência exclusiva da ZFM.
O presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), empresário Wilson Périco, observa que a prorrogação é necessária não só para preservar os investimentos e as atividades que existem hoje no Polo Industrial de Manaus (PIM), mas, também para garantir fôlego socioeconômico ao Estado no desenvolvermos das novas matrizes econômicas. “Precisamos sair dessa dependência que o Estado tem hoje”, opinou.
Périco avalia que a atuação parlamentar é importante nas questões econômicas do Brasil. Contudo, ele critica a forma como ela vem ocorrendo no Congresso Nacional.
“As decisões são na sua grande maioria políticas. Tudo que tem sido noticiado, principalmente os últimos acontecimentos denotam que ninguém mais discute aquilo que é bom para o Brasil. Apenas se negociam votações, aprovações e CPIs”, aponta.
O empresário diz que essas negociações impedem que o Brasil vença deficiências como a de infraestrutura. De acordo com ele, a matriz econômica do Amazonas depende exclusivamente de uma lógica aeroportuários (porto e aeroporto). “Nós não temos estradas e não enxergamos nenhuma medida tomada pelo governo federal que indique quais soluções estão sendo tomadas”, salienta.
O presidente do Conselho Regional de Economia do Amazonas (Corecon-AM), Marcus Anselmo da Cunha Evangelista, diz que a percepção de modo geral é que a bancada amazonense está trabalhando em defesa da economia amazonense, principalmente com relação à ZFM.
“É uma questão que não depende só da vontade da bancada, porque somos minoria, mas se todos tiverem alinhados teremos sucesso. Ainda temos um segundo turno no Senado e, por conta disso, a prorrogação deve demorar”, observa.
Para Evangelista, a pauta do momento é a prorrogação do modelo, para as quais todas as atenções devem estar voltadas. Porém, ele sustenta que os outros modelos de desenvolvimento econômico já iniciados como o polo naval e o mineral não podem ser deixados como coadjuvantes.
“Nesse momento a prioridade é o modelo Zona Franca, até porque sem as indústrias aqui não temos como desenvolver a economia. Sem ela, outras matrizes possíveis perdem força”, frisa.
Fonte: Amazonas Em Tempo