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Paralisação pode causar prejuízo de US$ 79 milhões na indústria local

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28/04/2017

O empresariado da indústria, comércio e construção civil de Manaus está confiante que a classe trabalhadora não vai aderir em massa à greve geral de todos os setores prevista para acontecer nesta sexta-feira (28). Para a indústria, a paralisação pode gerar um prejuízo de, aproximadamente, US$ 79,5 milhões em apenas 24 horas.

O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo, declarou que as empresas não estão suspendendo o trabalho, mas existem agentes usando do artifício da greve para fazer um ato político partidário. No entanto, espera-se que os industriários trabalhem normalmente nesta sexta-feira. “Logicamente que um dia de paralisação seria um prejuízo profundo para todo mundo”, relata.

O prejuízo a que Nelson Azevedo se refere diz respeito ao cálculo estimado feito a partir do faturamento total do Polo Industrial de Manaus (PIM) no ano passado, que totalizou US$ 21 bilhões, que dividido para um único dia útil no caso de todas as fábricas paralisarem, pode gerar um prejuízo aproximado de US$ 79,5 milhões em apenas 24 horas.

Azevedo esclareceu que existe, sim, uma preocupação, mas os empresários esperam baixa adesão à greve porque todo o funcionamento dos setores está programado para operar normalmente hoje (28). “As reformas são necessárias. Da forma que está o país, não vamos aguentar muito tempo. Tem que haver reordenamento jurídico do ambiente de negócios. Tudo está muito antigo”, argumenta.

Punições

A construção civil é um dos setores com maior número de trabalhadores em Manaus. O presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Amazonas (Sinduscon-AM), Frank Souza, foi enfático e disse que o único prejuízo que pode haver nesta sexta-feira de paralisação não será para os setores da economia, mas, sim, para os trabalhadores que poderão receber punição caso faltem ao expediente.

“Entendemos que as reformas são necessárias para trazer de volta investimentos e empregos ao país. Estamos com uma legislação ultrapassada que precisa o quanto antes ser readequada para a realidade atual”, finaliza.

Adesão deve ser pequena

A Associação Comercial do Amazonas (ACA) acredita que o movimento terá adesão maior de sindicalistas que propriamente do trabalhador do comércio, que deverá comparecer ao trabalho com ajuda de transportes das
próprias empresas.

O presidente da ACA, Ismael Bicharra, informou que as reformas são para o benefício não só do empresário, mas também do próprio trabalhador, que será um dos mais beneficiados. O empresário terá segurança jurídica perante à Justiça do Trabalho. “Nós acreditamos que a adesão por parte dos funcionários de empresas privadas vai ser
pequena”, declarou.

Ismael Bicharra afirmou que até por parte das empresas está sendo tomado muito cuidado em relação à paralisação do transporte coletivo e, por conta disso, estão procurando novas opções.

Na avaliação de Bicharra, sobre a Consolidação das Leis de Trabalho (CLT), que já é completamente fora da realidade atual do país, é preciso que haja entendimento entre empregador e empregado. “Torna-se uma demagogia ser regido por leis que só prejudicam os dois lados, tanto o funcionário quanto o patrão. A consciência dos próprios funcionários é muito grande”, pontuou.

O empresário destacou que, com as mudanças, o empregador terá maiores condições de contratar pessoas para trabalhar só um período, além de condições de negociar as férias e outros pontos que antes não podia porque se era engessado por leis. Para Bicharra, o principal avanço será a segurança jurídica. “Vamos diminuir consideravelmente o desemprego, que hoje é de 13 milhões. É preciso que o país se modernize e a hora é essa”, completou.

Fonte: Amazonas Em Tempo

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