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Para ter melhora, indústria aguarda por investimentos no AM

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02/01/2017

Restaurar a confiança e a governabilidade em 2017 poderá trazer um cenário de crescimento para a indústria do Amazonas, que perdeu 41,2% em produção, de janeiro de 2014 a novembro do ano passado. Especialistas acreditam em um crescimento a partir do segundo semestre de 2017 e início de 2018. Entretanto, o cenário de crise política e econômica continua sendo uma preocupação.

O presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, informa que 2017 será um ano difícil, pois a crise política e econômica traz uma insegurança para novos investidores. Além disso, a retomada do cenário positivo para a economia deverá chegar a longo prazo.

De acordo com o executivo, a indústria no Amazonas deverá ter uma melhoria no fim de 2017 para o início de 2018. O primeiro passo é resgatar a confiança no governo para que depois possa se pensar em crescimento.

Périco explica, ainda, que o cenário de instabilidade faz com que empresas repensem em fazer novos investimentos. “Ninguém vai colocar investimento em um país onde não se sabe se vai ter retorno. Eu vejo que a solução momentânea é nós, como cidadãos, como sociedade, cobrarmos para que medidas para o país sejam aprovadas e implementadas”, esclarece.

O vice-presidente da Federação das Indústrias do Amazonas (Fieam) e presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon-AM), Nelson Azevedo, afirma que alimenta um certo otimismo de que 2017 traga menos sacrifícios para a população, embora ele reconheça que o cenário para o próximo ano ainda é bastante preocupante.

De acordo com Azevedo, existe a probabilidade de uma projeção de estabilidade, seguida de uma recuperação ainda no próximo ano e um provável crescimento a partir de 2018, embora ocorram fatores motivadores da crise que ainda estão presentes no dia a dia de todos, como os problemas políticos, éticos, institucionais, morais, previsões de inflação alta, queda do PIB, escassez de crédito e crescimento do desemprego.

Retorno

No caso do Amazonas, que tem sua principal atividade econômica no Polo Industrial de Manaus (PIM), Azevedo destaca o seu faturamento estimado para 2016, em torno de US$ 20,9 bilhões, o que representa uma queda de 13% em comparação com 2015.

Na hipótese de se concretizar essa previsão, este ano irá regredir a um patamar inferior ao de 10 anos atrás, quando o faturamento do parque fabril local ficou em US$ 22,7 bilhões.

Desaceleração

Quanto à mão de obra, o PIM deverá fechar o ano com cerca de 10 mil empregos a menos, representando uma queda de 12% em relação a 2015. “Essa queda irá deixar o PIM com, aproximadamente, 87 mil postos de trabalhos ocupados”, declara Nelson Azevedo.

“Boa parte das indústrias do Amazonas foram atingidas pela desaceleração da economia de uma maneira geral, que alimentou a alta dos custos de produção e estagnou a produtividade. Sofreram também com a escassez de linhas de crédito, reajuste de preços, aumento do custo de energia elétrica e queda da renda da população”, justifica o presidente.

Fonte: Amazonas Em Tempo

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