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Pandemia tirou renda da classe média e aumentou desigualdade no Brasil, aponta FGV

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15/02/2023

A desigualdade de renda no Brasil aumentou durante a pandemia, mesmo com o pagamento do auxílio emergencial, por causa da perda de renda da classe média, aponta o estudo Mapa da Riqueza, preparado pela Fundação Getúlio Vargas.

Com base em dados do Imposto de Renda de 2020, os mais recentes disponibilizados pela Receita Federal, os pesquisadores Marcelo Neri e Marcos Hecksher mostram que a desigualdade de renda no país é maior do que a calculada somente com os dados de renda do IBGE, coletados nas Pnads (Pesquisas por Amostra de Domicílio).

Considerando apenas os dados da Pnad, o estudo da FGV mostra que a desigualdade seria de 0,6013 em 2020, o que representaria uma queda ante 0,6117 do ano anterior —quanto mais perto de 1, maior a desigualdade do país.

Usando os dados da Pnad e do IR em conjunto, porém, o cenário muda. A FGV calculou o chamado “índice de Gini” (que também vai de 0 a 1), medida mais conhecida de desigualdade. No Brasil, o índice subiu de 0,7066 em 2019 para 0,7068 em 2020, representando, na verdade, uma alta da desigualdade no país.

“Foi um aumento pequeno, mas que é mais acurado. Apesar dos pobres terem sido defendidos pelo Auxílio Emergencial durante a pandemia, a desigualdade não caiu em 2020 como se imaginava. Teve, na verdade, um achatamento de renda muito mais forte na classe média”, diz Neri. “As perdas do 1% mais ricos (-1,5%) foram menos da metade das da classe média tupiniquim (-4,2%), a grande perdedora da pandemia”.

Dados mais acurados

Neri afirma que o objetivo do Mapa da Riqueza de trazer o índice de Gini é demonstrar um resultado mais acurado sobre a desigualdade no país. Os dados do Imposto de Renda permitem captar a renda dos mais ricos, com mais propriedade que os dados de pesquisas domiciliares tradicionalmente usados em estudos sobre pobreza e desigualdade, já que os critérios para declaração do IR atuam como uma espécie de linha de riqueza permitindo identificar os contribuintes com maior poder de compra, aponta o estudo.

Fonte: JCAM

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