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Pandemia elevou para 18 meses o tempo de fornecimento de insumos

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17/09/2021

O prazo para o fornecimento de insumos, provenientes do continente asiático, às fabricantes do Polo Industrial de Manaus (PIM) saltou de oito para 18 meses. As indústrias já estão efetuando os pedidos na tentativa de garantir a continuidade da produção em 2022 e em 2023. O problema é o desequilíbrio entre oferta e demanda, além do gargalo logístico.

O presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, explica que o aumento do lead time, que é o tempo entre o pedido efetuado até a chegada do produto ao cliente, foi ocasionado pelo desequilíbrio entre oferta e demanda decorrente da interrupção da produção global no início da pandemia no último ano, seguida da retomada produtiva em todo o mundo e da demanda comercial por produtos acabados.

“Existe uma demanda reprimida. O mundo todo voltou à atividade com o anseio de atender essa demanda, ou seja, o ritmo de atividade, o volume de produção, aumentou no mundo todo e esses fabricantes não têm a capacidade para atender à nova demanda nesse pequeno espaço de tempo, daí o aumento do lead time”, explicou.

O presidente disse ainda que o fator logístico também preocupa quanto ao fornecimento dos insumos. O fechamento de portos na China, também motivado pela pandemia, causou o congestionamento e escassez de navios e de contêineres, fato que ainda repercute na cadeia logística.

“Navios e contêineres ficaram parados na China e em outros locais do mundo. Isso provocou a falta de contêineres e a redução drástica na quantidade de navios transportando cargas. O valor do contêiner aumentou expressivamente, antes pagávamos US$ 2,5 mil e agora custa entre US$22 mil e US$23 mil, sem termos a garantia e confirmação do embarque porque a empresa aguarda a disponibilidade de navio para fazer a confirmação. Então, o tempo do trânsito do material também aumentou”, informou.

Aumento nos preços pode afetar consumo

O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo, comenta que os entraves enfrentados pela indústria para o abastecimento de insumos somados à alta do dólar e da inflação refletem diretamente no preço dos produtos acabados, o que poderá afetar o consumo.

“Todos os fatores influenciam diretamente nos custos gerando aumentos. O cenário é preocupante porque poderá gerar uma retração no consumo com um reflexo inverso”.

Texto: Priscila Caldas

Fonte: Real Time 1

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