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País volta a ter 13 milhões de desempregados

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01/04/2019

Notícia publicada pelo Estadão Conteúdo

Com a dispensa de trabalhadores temporários, 1 milhão de brasileiros perderam seus empregos na passagem do fim de 2018 para o início deste ano. No trimestre móvel encerrado em fevereiro, o contingente de desempregados voltou para a casa dos 13 milhões (são 13,098 milhões) o que não ocorria desde maio passado. Assim, a taxa de desemprego ficou em 12,4%, ante 11,6% do trimestre móvel imediatamente anterior, findo em novembro de 2018, informou, nesta sexta-feira (29), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Mais gente desistiu de procurar emprego. O número de desalentados chegou a 4,8 milhões, renovando o recorde. Isso levou a taxa composta de subutilização da força de trabalho, espécie de taxa ampliada de desemprego, a 24,6%, recorde da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012. O indicador mostra que falta trabalho para 27,9 milhões de pessoas.

Para Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, isso é grave. “O mercado de trabalho está num círculo vicioso, com aumento de população desocupada, aumento de população desalentada e da subocupação, chegando ao índice mais alto de subutilização da força de trabalho, com quase 28 milhões de pessoas”, afirmou Azeredo. Ele lembrou que o quadro é marcado ainda pela baixa qualidade dos postos que surgem, com alta no emprego sem carteira assinada e no trabalho por conta própria.

Especialista em mercado de trabalho do Instituto de Economia da Unicamp, o professor Cláudio Dedecca opinou que os dados mostram um “problema estrutural de desemprego elevado”. O quadro, porém, se mantém mais ou menos o mesmo desde o fim de 2017, afirmou.

Com o contingente de desempregados variando entre 12 milhões e 13 milhões de trabalhadores desde então, não é possível dizer que há piora no mercado. “Piorando não está. E há perspectiva de melhora, se a economia crescer pelo menos 2,0% este ano”, afirmou Dedecca. Ele ressaltou que um avanço dessa magnitude na atividade econômica seria “insuficiente”, mas já começaria a “amenizar o problema”.

O contingente de pessoas para as quais falta trabalho tende a continuar subindo, explicou o professor. Isso porque o quadro estrutural de desemprego elevado faz aumentar o desalento – quando o trabalhador, embora esteja apto e disposto a trabalhar, desiste de procurar emprego. No trimestre até fevereiro, o contingente de desalentados cresceu 6,0%, com 275 mil pessoas.

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