20/01/2021

Fonte: Brasil Amazônia Agora 19/01/2021

Por Antonio Silva*

É urgente equacionar a questão do oxigênio. Não temos argumentos, seja de que espécie for, para não integrar essa cruzada humanitária pela vida. Nós estamos assistindo a muitas mortes e a dor que isso representa por falta desse gás essencial, o OXIGÊNIO. E , em proporções viáveis, está ao alcance de nossa boa vontade e compromisso. Daí o apelo para celebrar uma aliança empresarial pela dignidade e pelo direito à vida de nossos irmãos. Isso é muito mais do que os nossos compromissos formais de responsabilidade social.

O mundo não cessa de olhar para a Amazônia

A mídia nacional e mundial têm divulgado a gravidade da situação e de todas as partes do planeta recebemos manifestações de solidariedade e muito apoio efetivo. O mundo não cessa de olhar para a Amazônia. Muita gente sabe que nossa floresta, gratuitamente, exporta oxigênio em dose monumental para as pessoas respirarem no planeta e essa floresta vê seus filhos asfixiados pela falta desta molécula vital o O2, da qual se originou a vida.

Zelo pela existência humana

Por isso não faz sentido, uma empresa instalada no Polo Industrial de Manaus destoar dessa sinfonia fraternal e emergencial, sejam quais forem suas dificuldades de interlocução e compliance com o poder público. Afinal as empresas instaladas na ZFM, aqui vieram por força de um acordo cívico, comercial e justo entre as empresas e o Estado Brasileiro. Como empresário, reconheço o volume de benefícios que as empresas aqui instaladas propiciam ao tecido social. Mas não faz sentido priorizarmos acordos de qualquer natureza num momento em que todo minuto é decisivo para salvar vidas.

“A nação espera que cada um cumpra seu dever”

Gostando, apoiando ou discordando do setor público, temos necessidade, responsabilidade e discernimento para estar presentes nos momentos estratégicos de decisão a favor da dignidade humana e zelo por sua existência. “A nação espera de cada um cumpra seu dever”, para recordar o libelo do Almirante Barroso. Tudo mais é secundário.

Vamos somar, utilizar instrumentos, afinidades, possibilidades e dever cívico. Depois que tudo isso passar, podemos retomar todos os assuntos relevantes que ficaram adiados, mas com certeza o faremos com a consciência serena de termos cumprido o nosso dever…

(*) Administrador de empresas, empresário e presidente da Federação das Indústrias do estado do Amazonas e vice presidente da CNI.