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28/01/2021

Fonte: Jornal do Commercio

Mesmo em meio aos desafios da pandemia no Amazonas, o setor de motocicleta do PIM (Polo Industrial de Manaus) prevê a fabricação de 1.060.000 unidades para 2021. A projeção é um aumento de 10,2% em relação ao ano passado, que registrou 961.986 unidades. Segundo a Abra-ciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), a tendência é que o setor busque mais contratação de mão de obra para compensar os números de 2020 e acelerar a produção para repor estoques e atender ao mercado aquecido.

"A chegada da vacina será o ponto chave para recuperarmos as perdas provocadas pela maior crise, tanto sanitária quanto econômica, que já enfrentamos. Por isso, acreditamos que a tendência é que a produção de motocicletas siga em ascensão nos próximos meses", disse o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian.

Fermanian conta que, devido às regras sanitárias de combate à Covid-19 que reduziram a presença dos colaboradores nas linhas de produção das fábricas, o setor tem tido dificuldades em atender a demanda do mercado e reforçou que as montadoras estão empenhadas em estabelecer as melhores estratégias para repor estoques.

"Recentemente, com a implantação do toque de recolher pelo governo do Ama- zonas, todas as associadas adequaram seus turnos de trabalho. Além disso, redobramos os cuidados com as medidas de saúde e segurança para garantir a saúde dos colaboradores. Vamos torcer para que as autoridades consigam resolver a situação da pandemia para voltarmos à normalidade o mais rápido possível", disse Fermanian.

Em relação às vendas, a expectativa da associação é de que sejam comercializadas 980 mil unidades, alta de 7,1% na comparação com as 915 mil motocicletas emplacadas em 2020. As exportações deverão totalizar 40.000 unidades, volume 18,5% maior em relação às 33.750 unidades registradas no ano passado.

Com a finalidade de tentar suprir a demanda, a Yamaha Motor da Amazônia, vem contratando desde meados de 2020 para recompor seu segundo turno, que momentaneamente encontra-se suspenso em razão das medidas do Governo do Amazonas. Segundo Hilário Kobayashi, diretor de relações Institucionais da empresa, a ideia é seguir os planos iniciais de contratação visando preservar o plano de produção original.

"Estamos empenhados em manter a segurança e a saúde de nossos colaboradores e de seus familiares. Mesmo com as medidas de segurança, o empenho de todos a produtividade tem sido pouco afetado. Por ora teremos uma pequena queda no plano previsto. Entretanto, nossa intenção é suprir todas as demandas do mercado", destacou.

A montadora explica, porém, que a continuidade de suas atividades dentro do período do decreto governamental, vai depender de diversos fatores, especialmente a situação dos fornecedores locais e estrangeiros. "A Yamaha já está adaptada ao regime de 12 horas estipulado pelo decreto e possui insumos suficientes para sustentar a produção para o mês de janeiro. Caso haja desabastecimento de algum insumo, será avaliada a situação e se necessário a produção será suspensa. Mas, a princípio, não há previsão de parada", explicou.

Em relação às vendas no varejo, a expectativa da Abraciclo é que sejam vendidas 980.000 unidades, uma alta de 7,1% em relação às 915.157 motocicletas emplacadas em 2020. Já as exportações de- vem chegar a 40 mil unidades, volume 18,5% maior em relação às 33.750 unidades registradas no ano passado.

Fechamento 2020

No ano passado, a produção de motocicletas totalizou 961.986 unidades, registrando uma queda de 13,2% na comparação com as 1.107.758 registradas em 2019. O volume superou a expectativa da entidade apresentada em outubro, que era de fabricar 937.000 motocicletas. O presidente da Abraciclo atribui esse desempenho a dois fatores. "Hoje a motocicleta é apontada como um meio de locomoção seguro para evitar a aglomeração do transporte público e se transformou em um instrumento de trabalho e fonte de renda para as pessoas que passaram a atuar nos serviços de entrega", disse.

Emplacamentos


Os emplacamentos somaram 915.157 unidades em 2020, volume 15% inferior ao alcançado em 2019 (1.077.234 motocicletas). A Street foi a categoria mais emplacada com 458.577 unidades licenciadas e 50,1% do mercado. Na sequência vieram a Trail (176.975 unidades e 19,3% de participação) e Motoneta (141.656 e 15,5%). As associadas da Abraciclo exportaram 33.750 unidades em 2020, o que corresponde a uma retração de 12,6% na comparação com 2019 (38.614 motocicletas). Os principais destinos foram Argentina, Estados Unidos e Colômbia.

Desempenho de dezembro


Devido ao período de férias e manutenção e instalação de novos equipamentos da linha de produção das montadoras, o volume de motocicletas produzidas em dezembro foi de 73.471 unidades. O total representa uma queda de 29,4% em relação a novembro, que registrou 104.094 unidades. Apesar da redução na produtividade, os números superaram a quantidade fabricada em dezembro de 2019, quando as montadoras chegaram a 69.062 motos.

No varejo, foram comercializadas 98.775 motocicletas. O resultado foi 10,5% superior na comparação com novembro (89.409 unidades) e 5% maior em relação a dezembro do ano passado (94.086 motocicletas).

Em relação às vendas, a expectativa da associação é de que sejam comercializadas 980 mil unidades

Indústria prevê a fabricação de 1.060.000 unidades em 2021

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