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Otimismo da indústria é um dos maiores desde 2010

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19/12/2019

Fonte: Jornal Em Tempo

O ano de 2020 deve ser promissor para 2020. É o que esperam representantes do setor. Com um aumento de 1,8 ponto em relação a novembro, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), cresceu e alcançou 64,3 pontos em dezembro. Apesar do otimismo, representantes da indústria acreditam que o Polo Industrial de Manaus (PIM) terá maior nível de substituição de trabalhadores efetivados por terceirizados.

Este é o maior patamar para o mês em nove anos. Com exceção do primeiro bimestre de 2019, o índice é o mais elevado desde junho de 2010. A alta do indicador melhora a confiança, estimula as decisões de investimento e auxilia o crescimento econômico em 2020.

Para o presidente da Federação da Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Antônio Silva, a perspectiva dos representantes do PIM é positiva. “Estamos esperando alguma reforma e que ela contribua para o crescimento do país como um todo. O índice de confiança continua alto e de uma certa forma estamos analisando com muita preocupação, mas continuamos com otimismo para resolvermos essa situação”.

De acordo com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), Hilário Kobayashi, o setor está bastante otimista para o ano de 2020. “Estamos bastante otimistas, porém cautelosos. Temos uma expectativa de crescimento de 6,3% em relação a este ano por meio do direcionamento que estamos dando ao setor de motocicletas”.

O ICEI varia numa escala de zero a 100 e é composto pelos índices de Condições Atuais e de Expectativas. “A confiança elevada está baseada não apenas nas expectativas para os próximos seis meses, mas também no sentimento de melhora da situação corrente”, explica Marcelo Azevedo. Além de estar 9,6 pontos acima da média histórica, o ICEI de dezembro é 0,5 ponto superior ao registrado em dezembro de 2018. “Naquele momento, o componente das expectativas, influenciadas pela eleição de um novo governo, exercia maior influência, enquanto a percepção de melhora da situação econômica era menor e menos disseminada entre os empresários”, complementa.

O Índice de Condições Atuais, com 58,1 pontos, é o maior desde junho de 2010, quando registrou 60,5 pontos. A melhora atual é percebida tanto em relação à própria empresa (índice de 57,6 pontos) quanto em relação à economia brasileira (índice de 59,2 pontos). “O índice chama a atenção pois está significativamente acima da linha divisória de 50 pontos, o que reflete o sentimento de melhora da situação econômica atual bem disseminada entre os industriais”, pontua Azevedo.

Empresários otimistas

A confiança de empresários de todos os portes industriais aumentou na comparação com novembro de 2019, com destaque às empresas de grande porte (aumento de 2,8 pontos na comparação mensal). Já na comparação com dezembro de 2018, o índice de confiança das empresas de pequeno porte mostra queda de 0,9 ponto, enquanto para as empresas de médio e grande porte as variações registradas são de 0,1 ponto e 1,5 pontos, respectivamente.

Indústria crescerá sem empregos

Segundo o Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado do Amazonas (Sindiplast), Francisco Brito, a indústria pode crescer, mas sem contratação. “Agora em dezembro, os empresários estão demitindo muitos trabalhadores efetivos para quando chegar em janeiro colocar os terceirizados. Então não está tendo aumento de empregos, pois ela paga o salário mínimo e sem benefício nenhum. Isso é a realidade. No Amazonas, no distrito industrial, eles estão engando a imprensa. É um emprego precário que vem da reforma trabalhista”.

O representante acredita que com dólar em alta, a indústria do Amazonas não terá crescimento significativo. “Eu não acredito nisso. As pessoas estão vivendo num mundo de mentiras de inverdades. Acreditam no Papai Noel. Vai crescer 1% ou 2%, mas sem trabalhadores. O mercado está dizendo que o trabalhador com seus direitos se torna caro”.

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