04/11/2013
Com 197.616 unidades produzidas em 2012, até o ano passado era difícil prever que o número de tablets produzidos na Zona Franca superariam o número de motocicletas, cuja produção era mais de 700% superior. A quantidade de motocicletas produzidas no PIM no ano passado foi de 1,7 milhão. Já com o início da retração, em 2011, foram 2,1 milhões.
Em 2013, no entanto, a produção de tablets chegou a 1,5 milhão em oito meses, superando até mesmo a produção de motocicletas de 2011, com 1,46 milhão unidades produzidas, se levarmos em conta apenas o período de janeiro a agosto. Assim como a de 2012, com 1,23 milhão, e de 2013, que obteve até aqui uma produção de 1,23 milhão motocicletas, motonetas e ciclomotores.
Enquanto o crescimento dos tablets, em comparação com igual período do ano passado, é superior a 5.000%, os números do setor de duas rodas mostram uma redução de 7,9% na produção de 2013 para 2012. Levando em conta 2011 para 2012, a redução soma mais 16%.
Vale lembrar que em 2011, aparelhos de tablets não eram fabricados no Polo Industrial. A Samsung foi a pioneira na fabricação do produto no Amazonas, que hoje conta com outras 6 empresas que iniciaram sua produção em 2013. São elas: Bravvatech, Digibrás, Philco, Evadin, Semp Toshiba, e Tectoy.
Além disso, segundo assessoria da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), outras seis empresas já têm projetos aprovados e liberados para iniciarem a produção de tablets no PIM: GBR, Jimmy, Positivo, Philips, Procomp e Unicoba.
Vendas
Os números vão ao encontro à tendência nacional. Segundo a Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares) as vendas de motocicletas no país atingiram 1,19 milhões de janeiro a setembro de 2013, contra 1,28 milhões em igual período do ano passado. A assessoria da Yamaha, uma das empresas produtoras de moto do PIM confirma que a empresa já espera uma redução de vendas para o ano. “A perspectiva aponta para uma possível retração”.
Para tentar buscar espaço no mercado, as empresas investem em novos modelos. A assessora de marketing da Yamaha, Antoniela Silva, conta que a empresa tem desenvolvido motos especialmente para o consumidor brasileiro e buscado trabalhar com modelos com os quais não trabalhava antigamente. “Agora em outubro, lançamos a Fazer 150, nosso primeiro modelo de 150 cilindradas. Modelo que permite o uso de etanol e gasolina, em qualquer proporção, inclusive 100% de álcool. Esse modelo foi desenvolvido exclusivamente visando o consumidor brasileiro”, conta.
Já no lado dos tablets foram mais de 3 milhões de tablets vendidos no país esse ano, segundo dados da IDC (International Data Corporation). Um crescimento de 151% apenas no segundo bimestre do ano. Em agosto, os tablets superaram a venda de notebooks pela primeira vez no país, com 672 mil unidades vendidas, correspondendo a 38% do total de computadores vendidos no país, notebooks com 36% e desktops com 26%. As projeções da IDC também dão conta de que os tablets terão mais 230 milhões unidades vendidas no mundo, crescimento de 58,7% em relação a 2012.
O superintendente da Suframa, Thomaz Nogueira, espera que mais de 50% da produção de tablets do país saiam do Polo Industrial. Quanto ao setor de Duas Rodas, Thomaz afirma que o problema é do mercado e não do polo. “Os números vão melhorar quando o problema de mercado for controlado”. Entre eles o principal é a dificuldade e limites de créditos concedidos pelos bancos.
Fonte: JCAM