02/09/2013
A CNI (Confederação Nacional da Indústria) acredita que a posse do embaixador Roberto Azevêdo na diretoria-geral daOMC (Organização Mundial do Comércio), no domingo 1º setembro, trará um novo estímulo e uma nova oportunidade para o desenvolvimento do comércio mundial, com benefícios diretos para a indústria brasileira. Não pelo fato de Azevêdo ser brasileiro, mas pelo esforço que o embaixador promete fazer para encontrar novos caminhos e avançar em acordos de modernização dos procedimentos aduaneiros e remover entraves burocráticos.
"A facilitação do comércio é parte da agenda para o aumento de competitividade da indústria brasileira", diz o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi. Segundo ele, um estudo daOCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) estima que o acordo seja capaz de reduzir em 10% os custos de transações para países desenvolvidos e entre 13% e 15% para países em desenvolvimento, além de acrescentar US$ 40 bilhões à renda mundial. Os custos de transações vão além do custo de produção, pois incluem também perdas com burocracia, pagamentos de taxas, dificuldade de acesso à informação e insegurança.
O acordo de facilitação de comércio pode acelerar os fluxos de bens ao longo das cadeias globais de valor, eliminar taxas incidentes no comércio exterior, agilizar o desembaraço de mercadorias, simplificar os regulamentos e liberação de mercadorias.
Azevêdo assume num momento chave para a instituição e a CNI acredita que o embaixador reúne conhecimento e domínio da agenda em curso para que avancem as negociações multilaterais. A CNI entende que o Brasil deve se empenhar para preservar e fortalecer a importância da OMC.
Fonte: JCAM