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Olhar pra frente...

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08/03/2016

Por Wilson Périco (*)

cieam@presidencia.com.br

A despeito das agitações políticas, típicas de um momento crítico que remete ao crescimento, e nos recomenda deixar de lado as vaidades e outros interesses do imediatismo, que não os de nosso Estado. Temos que priorizar a união, a determinação e a criatividade, e estas duas últimas semanas se oferecem como indicadores de uma obviedade salutar: a hora é de caminhar. De olhar pra frente, na consciência de que temos as armas, munições e sementes de uma promissora caminhada. Ter presente os interesses coletivos, de nossa região, de nossa gente, acima da negociação pessoal ou do mandamento politico partidário. Algumas lembranças que já se juntaram a anotações e pautas para os grupos de trabalho vieram das palestras e indicações objetivas de Rebecca Garcia e Jaime Benchimol na I Edição do Encontro com Notáveis – 2016. Por razões inadiáveis, não pudemos contar com companheiro Antônio Silva, com quem faríamos dobradinha para abordar a posição e sugestões da indústria. Mesmo assim, fizemos e à luz da acolhida entusiasmada dos trabalhadores presente. Podemos aqui relatar um movimento de relação saudável e construtiva entre todos os presentes. O resumo da ópera, baseado no relato geral, é de que temos plenas condições de fazer das propostas apresentadas, a gestão e o desenvolvimento integral das oportunidades ao nosso alcance. O Encontro com Notáveis, criado em 1999 como um Centro de Treinamento da Indústria, CETRIN, sob a batuta vibrante e talentosa de Ana da Luz Monteiro, teve neste último dia 25, um momento mágico de vislumbrar os caminhos de fortalecimento do modelo ZFM, sua diversificação, interiorização e oferta de novos caminhos, desde a culinária amazônica, aos bionegócios, a biotecnologia, os serviços, uma fonte crescente de oportunidades. Destacamos o turismo, a fitofarmacia, a nutracêutica, entre outros, contribuindo com o desenvolvimento integral, integrado, regional, na esteira dos 50 anos que nos restam para fabricar a prosperidade geral. Neste mesmo contexto, participamos do anúncio das novas ações do governo estadual, na semana passada, sobre as Novas Matrizes Econômicas, uma insistência antiga das entidades do setor produtivo para olhar outras potencialidades da economia e do desenvolvimento sustentável regional. A iniciativa não poderia ser mais coerente e promissora, tendo em vista as expectativas de crescimento que essa diversificação produtiva representa, na mesma linha, a aprovação na ultima reunião da SUFRAMA- CAS - de termos uma política de incentivos, para todos os Estados da Amazonia sobre a abrangência da autarqui. Aqueles que produzirem bens a partir de insumos de nossa biodiversidade nos fortalecerão, e terão incentivos fiscais na diversificação de nossas matrizes econômicas.

Necessário, também, dar conhecimento a todos, incluindo os demais Estados da União daquilo que se faz aqui, com olhos nas verdades dos fatos que conhecemos e das acoes que empreendemos . Neste mês, vamos receber alguns formadores de opinião do Sudeste, professores, jornalistas que vem conhecer o que fazemos com as oportunidades da renúncia fiscal, as nossas contrapartidas e mais, as opções de investimentos que são oferecidas pelo modelo ZFM e que permitirão integrar a indústria e a agroindústria regional a uma política industrial, ambiental e de ciência e tecnologia desejável para o país sair do atoleiro. O Brasil precisa conhecer os benefícios que este modelo promove com a renúncia fiscal recebida, no processo de redução das desigualdades regionais. Apesar de ocupar mais de dois terços do território nacional, e ter demandas de infraestrutura para proteger a floresta e dela extrair com inteligência os insumos de uma economia robusta e equilibrada, segundo dados da Receita Federal, a Amazônia representa apenas 12.3% de toda renúncia fiscal do País. A parte maior, mais de 50%, fica com o Sudeste, a região mais rica do país. Mesmo assim, com esta renúncia o modelo ZFM gera mais de 2 milhões de postos de trabalho em todo território nacional, com os insumos produzidos no país e com a distribuição, transporte, comercialização, securitização e assistência técnica de seus produtos.

Olhar pra frente é cuidar do que é nosso como nosso, responsabilidade de todos nós: não podemos mais permitir e conviver com a situação dos buracos do Distrito Industrial; temos que nos unir, TODOS, para solucionar de vez essa situação. Temos que resgatar nossos direitos de atração de investimentos, reduzir a burocracia, e nos adiantarmos na elaboração e disponibilidade dos PPBs que podem atrair mais investidores. É reinvestir os recursos gerados aqui em desenvolvimento, diversificação e regionalização da indústria, agroindústria e produção de alimentos e outros bionegócios coerentes com as potencialidades regionais. Olhar pra frente é reinvestir em infraestrutura de energia, logística de transportes e comunicação de dados e voz em padrões e preços compatíveis com a indústria global. Só assim vamos reduzir a renúncia e entregar a contrapartida fiscal, econômicas e social que sabemos fazer, com competência e determinação. O portfólio dos 49 anos do modelo autoriza esta constatação e recomendação de seguir esta caminhada: olhando pra frente!

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