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O que a ZFM espera do novo governador

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01/08/2017

Editorial publicado no Jornal A Crítica

É indiscutível a importância da Zona Franca de Manaus para a economia do Amazonas. O modelo, com suas virtudes e defeitos, é o principal motor da economia do Estado e precisa ser olhado de forma estratégica pelos governantes. O próximo governador do Amazonas terá um papel fundamental nisso, pois vai assumir o Estado no momento em que a economia começa a dar os primeiros passos rumo à superação definitiva da crise. Essa superação será mais rápida se medidas forem tomadas em relação à Zona Franca.

Uma dessas atitudes diz respeito aos incentivos fiscais. A gestão anterior no governo do Estado iniciou um processo de revisão dos incentivos que deixou a classe empresarial com os cabelos em pé. No momento que o Amazonas precisa atrair investimentos, não é hora de mudar as regras do jogo. Como bem disse o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo, não se deve “atrair para, depois, trair”. A indústria precisa de estabilidade para crescer, retomar a produção - o que deve ocorrer com o aumento do consumo nacional - , e abrir novos postos de trabalho.

O próximo governador do Amazonas precisa dar transparência à aplicação de recursos que, hoje, são gastos de forma quase completamente desconhecida, abrindo espaço para todo tipo de suspeita.

Um exemplo é o FTI, que tem um nome pomposo (Fundo de Fomento ao Turismo, Infraestrutura, Serviços e Interiorização do Desenvolvimento do Amazonas). São milhões tirados diretamente do faturamento da indústria, mas não se veem ações concretas voltadas para o turismo, tampouco para o desenvolvimento regional. Para onde vai esse dinheiro? A sociedade precisa saber.

Da mesma forma, a indústria é mantenedora da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Os recursos saem diretamente do faturamento das empresas. Apesar disso, notícias recentes davam conta do risco de fechamento da instituição por falta de verbas. Há algo muito errado nesse cenário. O novo governador do Amazonas, seja quem for, pode e deve mudar a forma de tratar o setor produtivo. Até agora, a indústria, assim como o comércio, tem sido vistos apenas como fontes de receita, de arrecadação, e não como os parceiros preciosos que são e que merecem mais respeito.

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