28/06/2022
Em debate, especialistas pontuam que cabotagem tem potencial para ser explorado.
Em artigo publicado no Jornal A Crítica, o diretor da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Augusto César Barreto Rocha, comenta sobre a cabotagem. Para o especialista, é necessário haver mais informações sobre a navegabilidade na Amazônia.
“Nossa região precisa de retroportos compatíveis com as produções de cada cidade. Não apenas de portos. Precisamos de hidrovias e não apenas de rios. Falta, em muitas áreas, sinalização, drenagem, derrocagem e outras ações de engenharia”, explicou.
Ainda de acordo com Barreto Rocha, são muitas as oportunidades para a infraestrutura amazonense. “Existem oportunidades para diálogos para enfrentar os desafios visíveis e invisíveis para o grande público”, enfatizou.
A cabotagem foi tema de debate com representantes da indústria e da navegação. Durante a discussão, que contou com a presença de do diretor da Associação Brasileira dos Armadores de Cabotagem), Luis Fernando Resano, e do gestor do Porto Chibatão, ficou constatado que Manaus é a segunda principal cidade brasileira no transporte de contêineres.
Além disso, outro fato debatido é que o potencial da cidade pode ser explorado. “Há uma capacidade ociosa nos terminais locais e nas embarcações que agora operam com uma frequência expressiva, pois temos cerca de 15 operações ao mês nos Terminais de Manaus”, salientou Barreto Rocha.
Outras pautas
O debate, na avaliação do diretor, ajudou a definir pautas e o objetivo é criar outras em torno da cabotagem. “Precisamos de mais ações como esta para fugir dos achismos sobre a realidade, substituindo-os por provocações ao estilo de Kant”, observou.
Ainda no debate, os especialistas concluíram que é necessário enfrentar o problema da logística no Amazonas. Além disso, é necessário colocar visão científica para acabar com a questão de que “Manaus é longe”.
“O que nos falta são condições competitivas. A competitividade do Amazonas só aumentará quando cada um dos modais tiver a capacidade de transportar todas as potencialidades da região”, disse Barreto Rocha.
O diretor frisou, também, que é necessário um plano de ação. “Enquanto não houver um plano de ação e um enfrentamento com o investimento de 2,5% do PIB do Amazonas ao ano, para romper as deficiências seculares, não sairemos da condição em que estamos”, pontuou.
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