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Número de jovens empreendedores cresce no Amazonas, indica pesquisa

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29/05/2022

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Responsáveis pela geração de quase seis mil empregos de janeiro a março de 2022 no Amazonas, os micro e pequenos empreendedores sustentam parte da economia brasileira, representando um grande espaço no setor empresarial do país, com quase 98%, e respondendo por 27% de tudo o que é produzido. Os dados são do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Ser empreendedor é uma realidade lucrativa e otimista para muitos brasileiros. Com as altas taxas de desemprego, trabalhar no seu próprio negócio é uma alternativa para driblar as estatísticas e sair do vermelho.

Na última pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), realizada pela equipe do Instituto Brasileiro Qualidade e Produtividade (IBQP) com o apoio do Sebrae, foi constatado um crescimento nos jovens empreendedores no Brasil. Conforme o levantamento, 30,5% dos jovens entre 25 e 34 anos criaram novos negócios e 20,3% dos brasileiros entre 18 e 24 anos já eram proprietários de empreendimentos.

De acordo com a economista Denise Kossama, o Amazonas vive um momento sensível na economia registrando desemprego de 13% no 1º trimestre de 2022, acima da média nacional, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de domicílios (PNAD) Contínua, por meio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatítica (IBGE).

“A oferta de empregos formais não tem atendido a demanda. Assim, neste cenário, o empreendedorismo cumpre um papel fundamental na geração de renda e, consequentemente, no processo de reaquecimento da economia, pois sem renda, não há consumo e sem consumo não há produtividade”,
comentou.

Para a economista, o mercado de trabalho está cada vez mais competitivo e atribui ao avanço tecnológico a queda nas oportunidades de emprego. Além disso, destacou que é preciso que o profissional busque se adaptar e atender as expectativas dos empregadores.

“O mercado está cada vez mais competitivo e seletivo. As tecnologias que muitas vezes ajudam a dinamizar os empreendimentos, também ajudam a reduzir postos de trabalho. Portanto, é fundamental buscar capacitações e conhecimentos complementares ao ensino formal. Com o empreendedorismo, há muitas áreas que podem ser desenvolvidas e melhoradas na economia local. O mercado normalmente absorve boas ideias. Novos empreendimentos geram empregos e impulsionam a economia”,
destacou Denise Kossama.

Dados da Junta Comercial do Estado do Amazonas (Jucea) apontam um aumento de 16,55% de abertura de novas empresas em relação ao último trimestre de 2021. Segundo Denise Kossama, os dados apresentam um bom indicativo de retomada de crescimento e acredita que, em breve, o aumento por se converter na geração de mais empregos.

A manauara Andreza Cristina, de 21 anos, é proprietária da confeitaria Vita Doce e deu início ao empreendimento em abril de 2021 ao lado da irmã Elen Ariane. De acordo com a empreendedora, a ideia de abrir a Vita Doce veio a partir do incentivo de familiares. Andreza também destacou que trabalhar com empreendedorismo é ter segurança financeira, seja como primeira ou segunda fonte de renda.

Foto: acervo pessoal/Vita Doce
“Nós duas tínhamos dinheiro guardado e decidimos investir na loja. Era um projeto antigo, nós sempre cozinhamos bem. Decidimos por que os amigos e familiares sempre elogiaram quando fazíamos sobremesas e bolos, sempre diziam que o ideal seria vendermos. Então tive a ideia de empreender nessa área, pela vantagem de poder fazer os meus horários e trabalhar em casa com algo que gosto. Empreender para ter uma segurança pois ele é uma fonte de renda, mas também pode ser uma segunda opção de fonte de renda caso a gente queira trabalhar com outras coisas”
pontuou a empreendedora.

Luana Araújo de Matos e a sósia Márcia Agnis Moris Rodrigues, ambas de 21 anos, deram início ao empreendimento voltado ao ramo do vestuário com o objetivo de enfrentar novos desafios e buscando levar o nome do estado para uma abrangência nacional. Hoje, a Três Shirts é uma das principais referências na capital amazonense na produção e venda de camisas com estampas diferentes e ‘descoladas’.

Foto: acervo pessoal/Três Shirts
“A nossa motivação veio pelo desafio de construir algo nosso e único que pudéssemos nos expressar por meio da nossa criação. Em determinado momento estávamos à procura de uma camisa específica que não encontrávamos para vender em Manaus e o frete sempre ficava muito caro pra cá então resolvemos tentar produzir por conta própria e nos surpreendemos com o resultado foi quando nos tocamos do potencial que tínhamos e a nossa amizade de muitos anos nos deu confiança uma na outra de se aventurar num projeto desse tamanho”,
explicou.

Para fomentar o desenvolvimento e a competitividade da micro e pequena empresa e do microempreendedor individual, existe a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, conhecida como Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, criada pela Lei Complementar nº 123/2006 para regulamentar tratamento favorecido, simplificado e diferenciado a esse setor. Além disso, o estatuto também serve como estratégia de geração de emprego, distribuição de renda, inclusão social, redução da informalidade e fortalecimento da economia.

Fonte: EM TEMPO

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