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Novos profissionais e CEOs apontam o caminho para você se manter tão relevante quanto as máquinas

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30/01/2019

Reportagem publicada pelo site Época Negócios

No maior fundo de pensão privado da Finlândia, Ilmarinen, a sigla HR, tradicionalmente indicativa de “Recursos Humanos” em inglês, agora significa Humanos & Robôs. A mudança tem sua dose de marketing. Mas acerta ao traduzir, de forma sintética, desafios e ansiedades da maioria dos profissionais. A inteligência artificial avança sobre diferentes aspectos de nossas vidas e ganha adjetivos cada vez mais humanos — entre eles, “empática” e “emocional” (se ainda não ouviu, vai ouvir a respeito em breve). Ao mesmo tempo, escapam dos laboratórios e aproximam-se do mercado diversas tecnologias que já teriam potencial revolucionário se avançassem individualmente. Combinados, tornam-se difíceis de imaginar os efeitos de inteligência artificial (I.A.), robótica, big data, internet das coisas, impressão 3D, blockchain, drones, veículos autônomos — e isso se ficarmos só no mundo da tecnologia da informação, sem pensar nos desdobramentos de edição genética, neurociências e chips implantados. CEOs, diretores de RH e outros profissionais em postos estratégicos precisam lidar com essas ondas consecutivas como indivíduos, pois seu próprio trabalho é afetado; e também como integrantes-chave de suas organizações, que precisam definir políticas e se posicionar a respeito. A mudança provoca ansiedade compreensível. Vamos finalmente desfrutar o luxo de trabalhar apenas algumas horas por semana, enquanto os bots lidam com as tarefas mais desagradáveis? Ou robôs vão roubar também empregos hoje considerados sofisticados e estratégicos, deixando muitos de nós como uma espécie de subclasse inútil?

A dúvida surge porque o avanço tecnológico vem borrando a fronteira entre o que é função só para humanos, só para máquinas ou para ambos desempenharem juntos, em dupla (o que também será desafiador para muita gente). O debate homem x máquina persiste desde a Revolução Industrial, e as perspectivas mais pessimistas nunca se concretizaram. Há, porém, componentes novos na discussão. Seus contornos atuais foram dados pelo economista Carl Benedikt Frey, sueco, e o especialista em I.A. Michael Osborne, britânico, ambos pesquisadores na Universidade de Oxford. A dupla lançou, em 2013, um artigo científico que se tornou clássico instantâneo, prevendo que 47% dos empregos nos Estados Unidos estavam sob ameaça dos robôs. Desde então, publicam-se regularmente outros estudos, com diferentes métodos, que chegam a distintos graus de impacto.

Os mais esperançosos podem escolher se concentrar em expectativas como a do Fórum Econômico Mundial: o relatório mais recente da instituição sobre esse assunto afirma que 75 milhões de cargos atuais podem ser substituídos pela mudança na divisão do trabalho entre humanos, máquinas e algoritmos, mas ao mesmo tempo 133 milhões de novos cargos podem emergir. Soa bem, com a ressalva de que não sabemos em quais pontos do globo haverá sumiço ou surgimento de postos. Mesmo os estudos mais conservadores concluem que caminhamos para a eliminação de milhões de empregos — cerca de um em cada dez postos de trabalho, mesmo em sociedades já muito automatizadas, instruídas e produtivas, como Alemanha, Estados Unidos, França e Reino Unido, segundo uma das mais detalhadas pesquisas a respeito, feita no Centro de Pesquisa Econômica Europeia (ZEW, na sigla em alemão). Em mudanças dessa magnitude, faz muita diferença o ritmo de aparecimento e a localização dos novos empregos criados pela tecnologia.

Um grande esforço de compreensão do tema está em andamento no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Trata-se da Força Tarefa sobre o Trabalho do Futuro, que reúne 20 pesquisadores, autoridades em suas áreas. Um dos líderes do grupo é o economista David Autor, que vê duas facetas na questão. “Uma é entender e antecipar o papel do trabalho humano num futuro em que máquinas desempenham muitas das nossas tarefas tradicionais, as físicas e as cognitivas”, afirma. “A outra é aproveitar a oportunidade para moldar o futuro.” O economista é da vertente de estudiosos que considera o tema merecedor de novas políticas públicas, a fim de que a sociedade tente direcioná-lo, em vez de esperar por suas consequências. Não sem motivo, Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional também vêm estudando o tema e fazendo alertas a respeito, principalmente para que governos e companhias invistam em educação e treinamento.

De acordo com o relatório do Fórum Econômico Mundial (WEF), hoje as máquinas realizam 29% das tarefas nos locais de trabalho. Pelas projeções, em quatro anos a automação vai cobrir perto de 30%, mesmo dos trabalhos considerados hoje demasiado humanos, como comunicação, administração e tomada de decisões. Nesse período, o índice geral de tarefas realizadas por máquinas chegará a 42%. Por esse cálculo, o jogo vira de vez em 2025, quando a previsão é que os robôs façam mais da metade de todas as tarefas. É uma mudança dramática. O estudo incluiu dados de 20 países, incluindo Brasil.

Enquanto isso, dentro das empresas...

Robôs não vão só substituir humanos. Vão também se tornar seus colegas. Em 2022, pelo menos 40% dos novos projetos de desenvolvimento de aplicativos contarão com I.A. como codesenvolvedora, segundo previsão do Gartner. Aprender rapidamente a trabalhar nessa dinâmica, assim como usar dados hoje na tomada de decisões, se tornará um fator decisivo nas carreiras.

Em qualquer cenário, CEOs e empresas vão ter papel fundamental a desempenhar. Junto com governos e sociedade civil, vão ter de percorrer um mapa em constante mutação. Por isso, organizações como a Siemens, desde a contratação, insistem com seus profissionais no tema da mudança. “É bem normal aqui as pessoas migrarem de área dentro da empresa, e elas precisam ter em mente que certas tecnologias têm ciclo de vida curto”, diz André Clark, presidente da Siemens no Brasil. “Para o profissional passar bem por muitos desses ciclos, precisa ter cada vez mais flexibilidade e curiosidade. Fiz quatro cursos desde que me tornei CEO, há um ano.” Juliana Azevedo, presidente da P&G no Brasil, faz alerta semelhante: “Quero trabalhar com quem lida bem com ambiguidades e paradoxos.”

A grande questão para os líderes de negócio, como aponta pesquisa do professor de engenharia Ken Goldberg, da Universidade da Califórnia, não é se a I.A. vai roubar empregos (porque vai). A dúvida, para 120 entrevistados, é como máquinas e homens podem trabalhar juntos de maneiras diversas. Remontar o modus operandi de equipes, requalificar profissões inerentemente técnicas e conectar diversas habilidades em torno de um projeto — e não de um produto ou negócio — aparecem como grandes desafios das empresas. Medir habilidades mais criativas e de integração é a missão dos RHs.

Essas transformações, se administradas sabiamente, podem levar a uma nova era do trabalho, com bons empregos ocupados por humanos, usando suas capacidades mais refinadas para elevar a qualidade de vida geral. Cristina Palmaka, presidente da SAP no Brasil, gosta de chamar esse cenário benigno de “humanidade aumentada”. Se mal administradas, porém, as mudanças representam o risco de ampliar as lacunas de habilidades e a desigualdade — com implicações políticas e sociais potencialmente desastrosas.

Para evitar um cenário de “perda-perda”, o WEF defende que empresas, governos e pessoas se curvem ao “imperativo da requalificação” (reskilling, em inglês). “Até 2022, 54% dos profissionais precisarão de treinamento significativo para aprimorar ou ganhar novas habilidades.” O problema é saber em quais competências investir, entre as técnicas (hard skills) e as comportamentais (soft skills).

Criatividade era a décima habilidade mais demandada em 2015, segundo o WEF. Em 2018, é a quinta. Há três anos, no mesmo relatório, não se falava de “inteligência emocional”, “atenção aos detalhes” e “influência social”. Neste ano, as três aparecem entre as dez aptidões mais exigidas. A lista das competências que os CEOs querem em suas equipes só aumenta e se torna mais sofisticada. Diante do mercado em ebulição e da concorrência imprevisível das startups, é compreensível. Daniela Manique, presidente na América Latina da Solvay (dona da Rhodia), gosta de se cercar de executivos que sejam bons em ler pessoas, capazes de zelar pela qualidade de vida da equipe e sem apego a formalidades. “Isso não dá mais. Hoje, tem estagiário que vem me fazer pergunta por rede social. Temos de estar abertos a isso”, diz.

A mudança contínua também vale para novos conhecimentos técnicos. Há três anos, blockchain não era moda, computação quântica era vanguarda e I.A., “tecnologia emergente”. As competências exigidas mudam na mesma velocidade das tecnologias. O número de pessoas que indicam habilidades relacionadas a I.A. nos perfis do LinkedIn quase triplicou de 2015 a 2017. Trabalhos fáceis de automatizar — assistente administrativo, representante de atendimento ao cliente, contador e mecânico — sofreram o maior declínio nos últimos cinco anos. “O grande desafio dos novos tempos não é criar novas funções. É como realizar a transição das pessoas”, diz Cezar Taurion, ex-executivo da IBM, investidor e fundador de um instituto no Brasil para capacitação em I.A. Mesmo CEOs de empresas de tecnologia sofrem nesse cenário. “Presidentes de grandes empresas convivem com essa pressão diariamente — o medo de deixar o bonde passar. Tenho consciência que nunca vou saber tudo”, diz Laércio Albuquerque, presidente da Cisco.

A despeito das incertezas, há aspectos — e números positivos — nesse cenário de transição. Até 2022, as ocupações emergentes de hoje devem crescer de 16% a 27% na base de funcionários de grandes empresas em todo o mundo. Por outro lado, as funções atualmente afetadas pela obsolescência tecnológica devem diminuir de 31% para 21%. Talvez você não tenha crescido sonhando em ser um “arquiteto de soluções na nuvem”, “ethical hacker”, “técnico em rastreabilidade com blockchain” ou um “previsor de calamidade cibernética”. Mas o jovem brasileiro precisa começar a ter esse sonho — e rápido

A elevada autoestima profissional do brasileiro

A fim de compreender como o brasileiro lida com as ondas de mudança no mercado de trabalho, Época NEGÓCIOS, Tera e Scoop&Co fizeram uma pesquisa com 980 profissionais de empresas localizadas em grandes centros urbanos do país. Do total de entrevistados, 25% já sentiram que a tecnologia e suas transformações afetaram negativamente o trabalho que realizam, e 10% acham que vão sentir efeitos em breve. A despeito disso, 87% se sentem capazes de se adaptar à nova realidade (confira os dados ao longo desta reportagem).

Uma análise mais detida dos dados mostra que o brasileiro superestima suas capacidades. Dos 75% que afirmam estar preparados para a transformação digital, 42% não conhecem ou não têm nenhuma das 14 competências digitais mais desejadas por empregadores de acordo com o LinkedIn. “Vejo um descasamento de tempo. Por mais que as pessoas estejam otimistas e busquem novas competências, as demandas mudam mais rápido. Isso impacta quem já está no mercado e quem está entrando”, diz Leandro Herrera, fundador da Tera.

Não há diferença expressiva entre o perfil de quem diz estar sofrendo com o avanço tecnológico e quem afirma o contrário. “Isso derruba muitos mitos sobre a adoção de tecnologia e novos comportamentos digitais. A transformação afeta todos, independentemente da idade, formação e profissão. É só questão de tempo para impactar todos”, diz Caio Casseb, fundador da Scoop&Co. Uma minoria de profissionais parece conseguir, individualmente, administrar a própria carreira para “surfar” a mudança. O que nos leva de volta à responsabilidade compartilhada com as empresas.

O prazo médio necessário para reciclar um profissional de acordo com as “disrupções” varia de país para país. Segundo o WEF, é de 83 dias para empresas localizadas na Suíça e em torno de 90 dias para companhias no Brasil. Este número é menor do que o visto em países como Alemanha e França. “Isso envolve política educacional no país. Quando a mudança de currículo chega, as tecnologias já são outras. O problema do trabalho hoje tem contornos muito claros, mas a resolução é diferente para cada país e organização”, diz Cassio Dreyfuss, VP de pesquisas do Gartner.

O que dizem os novos profissionais

Por aqui, a transformação digital está só começando. O uso de I.A. difundiu-se há poucos anos, segundo análise de David Dias, diretor da Accenture para a área. “Essa tecnologia começou mesmo a ser trabalhada no Brasil há três ou quatro anos. Teve um crescimento exponencial e, no ano passado, calculamos de 500 a 600 empresas utilizando alguma aplicação com esse apelo.”

O uso de dados para gerar automação, manutenção preditiva e inteligência nos negócios também é recente (embora se fale disso há muito tempo), como atesta a busca atual de empresas por cientistas de dados. “A média do mercado não estava pronta para essa conversa, porque não vinha trabalhando com históricos de dados, com programas de fidelidade e base de clientes. Era uma questão de ir à loja, comprar e acabou. Temos casos de empresas que criaram essa fundação e hoje usam machine learning para analisar dados. Mas ainda é um luxo”, diz Gustavo Pacheco, head de Growth do Google. A área do executivo, responsável por ajudar empresas do varejo a se conectarem digitalmente, surgiu há dois anos.

Para melhor entender como tecnologias causam impacto no emprego, Época NEGÓCIOS entrevistou 25 brasileiros que ocupam cargos considerados novos em empresas de vários setores. O que as entrevistas mostraram é que na 4ª revolução industrial as profissões consideradas novas só existem se forem desempenhadas em combinação a outras. “O designer de experiência do usuário [UX] não consegue fazer o trabalho sozinho — precisa do analista de negócios, do cientista de dados, de especialista em comportamento do usuário”, diz Leandro Herrera, da Tera.

Além disso, uma nova competência técnica, como criar sistemas com blockchain, vale tanto quanto o entendimento de como ela pode ser útil no negócio. “O maior desafio na minha área é entender como o modelo de algoritmos se integra à jornada de trabalho do banco. Do contrário, vou passar dois anos produzindo conhecimento inócuo, que não gerará melhor atendimento nem maior eficiência”, diz Rafael Cavalcanti, que lidera uma equipe de 50 pessoas no Bradesco, entre analistas, gerentes de negócios, cientistas, estatísticos.

O banco sempre gerou dados para analisar o perfil dos clientes. O que muda atualmente, segundo Rafael, é a velocidade com que a sua equipe precisa apresentar resultados. “Precisamos priorizar o que está caminhando na esteira com a área de negócios e ir entregando aos poucos, mesmo que não seja o produto final.” É o método ágil que valoriza as entregas incrementais, chamado de Minimum Viable Product (MPV). Um modelo que valoriza a formação de pequenos squads, grupos multidisciplinares voltados ao desenvolvimento rápido de projetos (também apelidados de “pizza team”, o time que pode se alimentar de uma pizza). “Não adianta ter dez gênios atuando isolados como cientistas de dados, se milhares de pessoas trabalham como faziam há dez anos, tomando decisões baseadas em critérios subjetivos, sem orientação coerente”, diz Matheus Goyas, diretor da Somos Educação e fundador do AppProva.

Na empresa, o banco de dados é acessível a todos os funcionários. São os cientistas de dados que o alimentam, a partir da sua coleta e “tradução”. “Esse profissional é quem tem o papel de democratizar os dados de uma empresa”, afirma Goyas. O difícil é encontrá-lo. Uma busca no LinkedIn por nomenclaturas do cargo mostra que são pouquíssimas as grandes empresas no Brasil com um “head of data science”. De acordo com o guia salarial de 2019 da consultoria Robert Half, o cientista de dados é um dos profissionais com mais oportunidades na área de tecnologia. Os salários, que neste ano ficam entre R$ 12 mil e R$ 22 mil, cresceram 15% desde 2017. Vale considerar que esse é o salário médio. Para reter o profissional na empresa — e não perdê-lo até para fora do país —, grandes corporações pagam mais (cerca de R$ 30 mil, segundo o site Love Mondays, que permite aos profissionais avaliar as empresas).

a indústria 4.0, captar, integrar e mensurar dados em oda a cadeia exige várias tecnologias e novos gestores. “Eu não vejo nenhuma empresa, incluindo as mais renomadas da indústria, como Siemens e Cisco, como detentoras únicas das tecnologias 4.0”, diz Victor Teles, diretor executivo da Didactic, braço educacional da Festo. “Cada empresa fornece uma parte — robótica, gêmeos digitais, impressão 3D — e é a conexão de todas que vai gerar a fábrica do futuro”, diz. “Precisamos menos hoje de um engenheiro mecatrônico e mais de um engenheiro integrador.”

á quem, por outro lado, esteja bem mais otimista — e aproveitando as oportunidades geradas pela I.A. “Sou apaixonado por fazer a máquina realizar tarefas que eu não deveria estar fazendo. Se ela for capaz de fazer o que as pessoas faziam, quer dizer que nós podemos usar nossa habilidade cognitiva para tarefas melhores”, diz Deividi Silva, gerente de Novos Negócios da Embraco. A plataforma de internet das coisas em que Deividi e sua equipe trabalham capta dados de refrigeradores e mede como o consumidor reagiu aos produtos no ponto de venda. É possível saber quantas vezes uma geladeira foi aberta, quais itens foram tocados pelos clientes e também prever a manutenção dos equipamentos.

Formado em ciência da computação, o trabalho de Deividi exige que ele saia “da caixinha” de sua área e se comunique com outros campos e profissões. É um movimento natural em funções criadas pela tecnologia, às vezes um tanto herméticas para colegas desavisados na mesma organização. Felipe Prado, ethical hacker da IBM, explica o motivo. “A técnica de invasão ‘todo mundo’ sabe”, diz, modesto. “O diferencial desse profissional é criatividade e comunicação. Ele precisa saber levar a mensagem de segurança da informação a diferentes grupos — técnicos, hackers, comunidades e ao board da empresa.”

Essa mensagem não ser entregue tem custado caro — o Facebook que o diga. No final de setembro, as ações da empresa caíram 20% após o escândalo do vazamento de dados de 50 milhões de usuários. Os custos associados a megaviolações, que variam de 1 milhão a 50 milhões de registros perdidos, ficam entre US$ 40 milhões e US$ 350 milhões, segundo estudo da IBM Security e do Ponemon Institute. Compreende-se a caçada das empresas aos profissionais de cibersegurança. Felipe não teme a evolução da inteligência artificial nessa área. Tem a confiança dos que já dominam a linguagem das máquinas. “Quando o computador começar a pensar o que penso, teremos um problema. Mas não vejo isso em um futuro próximo.”

Matéria publicada originalmente na edição de novembro de 2018.

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