06/03/2015
De acordo com o titular da Secretaria Executiva Adjunta de Políticas Setoriais da Seplan (Secretaria de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico), Appio Tolentino, a discussão na Suframa, que aconteceu de forma harmoniosa, deve resultar em um consenso benéfico às fabricantes de bem final, às indústrias de componentes e ainda aos governos federal e estadual. “Falamos sobre as etapas viáveis tanto para a indústria como para o governo. Ao final, cada empresa ficou incumbida de avaliar as propostas apresentadas pelo governo e apresentar respostas em um próximo encontro que ainda não tem data definida”, disse o secretário.
Tolentino explicou que a partir das mudanças que devem ser implementadas ao PPB o PIM ganhará força a partir da geração de renda e emprego, além da inserção de novos processos produtivos. Ele ressalta que a diminuição da importação de componentes será primordial neste processo. “A ideia é termos produtos que agreguem valor ao Amazonas. Hoje, o ar-condicionado produzido no PIM não compete com o produto importado, mas somente a nível nacional. A aquisição de insumos locais possibilita o desenvolvimento do Estado”, frisa.
Fazem parte dessa lista os chicotes, cabos e materiais plásticos, que atualmente ainda são importados da China.
“As fabricantes de bem final alegam que os produtos chineses são mais baratos e que as empresas locais não têm condições de atender à demanda, até mesmo no quesito qualidade, no caso de alguns insumos. Porém, sabemos que isso é possível sim”, enfatiza o secretário.
Mudanças
Com a aprovação do PPB, as fabricantes instaladas no PIM devem dar início a dois processos produtivos, um voltado aos compressores de ar-condicionado, e o outro, ao aparelho portátil. As demais mudanças tratam de alterações relacionadas às portarias interministeriais de números 320/2005, que trata sobre a industrialização do condicionador de ar modelo janela; e de número 8/2014, relacionada à fabricação de ar-condicionado modelo split system.
A alteração do PPB número 320/2005 propõe a redução do percentual do motor elétrico nacional utilizado pelas fabricantes locais, de 90% para 70%. A ideia é permitir que as empresas importem o produto na tentativa de alavancar a produção e as vendas do aparelho do modelo “janela”.
O outro processo que deve sofrer modificações é o de número 8/2014, que prevê o adensamento da cadeia produtiva e a verticalização da fabricação de cabos, chicotes e da injeção de peças plásticas, a partir da redução dos índices de importação.
A medida ainda estipula que até o dia 30 de junho deste ano as empresas comprem 10% do total de compressores utilizados na produção, da indústria nacional, que é fornecido pela multinacional americana Tecumseh do Brasil, localizada em São Paulo. Mas, a partir de primeiro de julho deste ano até 30 de junho de 2016 as fabricantes devem comprar 20% dos compressores da indústria nacional. A partir do próximo ano a porcentagem sobe para 30%.
Fonte: JCAM