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Novo player para o PIM

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30/01/2022

Marco Dassori

O polo termoplástico do PIM deve ganhar a entrada de um grande player nacional, neste ano. Anunciada nesta semana pela Sedecti (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação), a chegada da Norpolim Nordeste Polímeros Indústria e Comércio de Termoplástico a Manaus ocorre em um momento de fortalecimento da atividade pela alta de vendas e expansão da base de oferta, confi rmada pelos projetos aprovados no CAS e do Codam.

A meta da empresa, que já atua no Nordeste e Sudeste, é inovar na produção e ampliar sua área de atuação para a região Norte. A confi rmação da vinda do empreendimento veio durante reunião online ocorrida na última terça (25), da qual participaram dirigentes da Sedecti e sócios-proprietários do grupo empresarial Plasvan Indústria e Comércio de Plásticos Ltda, ao qual a nova empresa está subsidiada.

O investimento na nova planta fabril é calculado em R$ 17 milhões, para os próximos três anos. Ao menos R$ 6,5 milhões devem ser injetados no primeiro ano, com máquinas, equipamentos, instalações industriais e outros aportes necessários para tirar a fábrica do papel. A iniciativa também deve gerar 100 novos empregos no PIM. A estimativa da diretoria do grupo é que toda a estrutura e logística industrial devem ser concluídos em até três meses.

A meta é entrar em operação ainda em 2022, mediante a aprovação do projeto no Codam e no CAS –ato que permitirá à empresa usufruir dos incentivos fi scais da ZFM. Com sede em Campina Grande (PB), a companhia é apontada como referência no mercado brasileiro e especializada na fabricação de artefatos plásticos voltados para produção de garrafão plástico para água potável, alimentos e tampas plásticas.

Diversificação e ampliação

Indagado pela reportagem do Jornal do Commercio a respeito dos motivos que atraíram a empresa ao PIM, o diretor da Norpolim e sócio-proprietário da Plasvan, Thiago Rocha, concorda que Manaus é atrativa devido aos incentivos fi scais, mas assinala que há outros motivos para a iniciativa.

“Esse aspecto é relevante, mas entendemos que a região Norte está em expansão e o grupo empreendedor ao qual faz parte a Norpolim tem plenas condições de atender esse mercado. Além disso, a presença de outras indústrias na região nos deixa tranquilos quanto a existência de mão de obra qualificada”, comentou. O dirigente informa que o investimento global de R$ 1 7 m i l h õ e s está sendo feito com recursos de capital próprio e parte de crédito bancário. “O grupo empresarial possui mais de 27 anos de experiência no setor industrial e possui excelente relacionamento comercial e bancário, facilitando assim as condições para os novos projetos”, salientou. Embora confi rme o volume de empregos diretos, e concorde que a iniciativa deve demandar contratações para ocupações indiretas nas áreas de logística e comercial, entre outras, Thiago Rocha diz que seria “precipitado” falar de números nesse sentido.

Segundo o empresário, a Norpolim deve produzir embalagens plásticas para bebidas, em sua primeira etapa de operações. O destaque é para garrafões de água mineral, tampas e tampinhas. Também integram o portfólio dessa fase resinas termoplásticas diversas para atender outras indústrias –inclusive fora de Manaus – especializadas na manufatura de calçados, utilidades plásticas e “acessórios plásticos dos mais variados tipos”. “Após a implantação e consolidação no mercado local, temos planos de produzir a Cola-Jolo. Trata-se de uma argamassa polimérica e produto inovador, com formulação própria desenvolvida pelo grupo, e que está em fase de certifi cação”, adiantou.

Questionado sobre a contribuição da nova fábrica para o market share da companhia, o diretor da Norpolim informou que as atuais seis unidades de produção da Plasvan –cinco no Nordeste e uma no Sudeste – garantem ao grupo uma fatia de 70% do mercado nordestino de embalagens para envase de água mineral, tampas e tampinhas. “A unidade de Manaus irá contribuir diretamente com a ampliação da nossa atuação, especialmente para atender a região Norte e expandirmos para o Sudeste e para o Centro-Oeste”, frisou.

Momento de expansão

A chegada da empresa ocorre em sintonia com um momento de expansão do polo termoplástico. Parte signifi cativa das iniciativas industriais referendadas pelos conselhos de Administração da Suframa e de Desenvolvimento do Estado do Amazonas, em 2020 e 2021, era de projetos voltados para o segmento de produtos de matéria plástica, com destaque para embalagens e partes e peças para a indústria de bens fi nais do PIM – especialmente nas divisões de bens de informática, eletroeletrônicos e veículos de duas rodas. Números do IBGE e da Suframa confirmam, por outro lado, que a produção e as vendas seguem aquecidas.

O nível de atividade do subsetor borracha e plástico cresceu 44,4% no Amazonas, na comparação do acumulado de janeiro a novembro de 2021 com igual intervalo de 2020, conforme a pesquisa mensal do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística). Foi um resultado superior às médias da indústria em geral (+6,8%) e da indústria de transformação (+7,2%).

E, mesmo diante das oscilações destas duas, o segmento seguiu positivo ao longo de todos os meses do ano, com pico em (+162,8%). Já os indicadores mais recentes da Superintendência da Zona Franca de Manaus indicam que o faturamento do subsetor termoplástico avançou 53,03% no confronto dos períodos aglutinados de 11 meses, ao passar de US$ 1.50 bilhão (2020) para US$ 2.29 bilhões (2021). Convertido em reais, o resultado apontou para um acréscimo ainda mais encorpado de 56,50% na mesma comparação, com US$ 12,31 bilhões (2021) contra US$ 7,87 bilhões (2020). O desempenho seguiu acima do apresentado pela média do PIM (+28,93% e +32,13%, respectivamente).

Segurança jurídica

Em texto divulgado pela assessoria de imprensa da Sedecti, o titular da secretaria estadual, Jório Veiga, comemorou a iniciativa. “É uma satisfação ter mais uma empresa investindo na área de embalagens, o que caracteriza a confiança no crescimento do mercado em geral. Nesse caso, em especial, acrescido de um produto inovador para a construção civil, algo que se soma ao portfólio de novos produtos do PIM.

Os investimentos são muito bem-vindos no Amazonas”, exclamou. No mesmo texto, o secretário executivo de Desenvolvimento Econômico da Sedecti, Renato Freitas, avaliou que a incorporação da Norpolim ao parque fabril da indústria incentivada de Manaus é mais uma confi rmação da confi ança dos investidores no modelo ZFM. “A segurança jurídica da Zona Franca de Manaus tem atraído empresas de diversos setores, inclusive empresas que vem para inovar e diversificar a matriz econômica do Estado”, encerrou.

Fonte: JCAM

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